Mostra Infantojuvenil traz filmes para questionar e se encantar com o mundo

Mostra Infantojuvenil traz filmes para questionar e se encantar com o mundo

Seis curtas-metragens de ficção e animação do Brasil, Uruguai e Argentina, escolhidos entre 103 produções inscritas de diversos países, compõem a Mostra Infantojuvenil do FAM 2021, que vai de sábado (25) até quarta-feira (29/9), com temas como amizade, bullying e ecologia.

Como em 2020, educadores terão acesso a um material de apoio para discutirem os filmes com os alunos, as cartilhas “Luz, Câmara e Educa-AÇÃO”, produzidas pelo cineasta, editor e arte-educador Fabrício Borges.

Na programação, “Clara de Huevo” (2021, 14’), de Sol Infante Zamudio e Andrea Treszczan Azar, do Uruguai, estreia no Brasil no FAM. Fala com delicadeza de um tema difícil para as crianças, o bullying. A menina Clara vive em Montevidéu na década de 1990 e nunca foi convidada para uma festa de aniversário. Esse dia tão esperado finalmente chega e ela é levada para a primeira festa por sua mãe.

“4 bilhões de infinitos” 
(2020, 14´), de Marco Antônio Pereira, é uma produção mineira, gravada no sertão, em Cordisburgo, cidade natal de Guimarães Rosa. Após a morte do pai, com a mãe trabalhando fora e sem energia em casa, que foi cortada, os dois filhos ficam inventando brincadeiras com o que têm à sua volta.

Outra produção de Minas Gerais, “Olho além do ouvido” (2021, 14’), de Bruna Schelb Corrêa e Luis Bocchino, é uma viagem poética que homenageia os professores que estimulam a curiosidade das crianças, a importância das diferenças e de questionar. Uma menina cria mundos e viaja por eles fazendo pesquisas, indagando por que as coisas são assim. Um deles é uma terra onde as pessoas vivem de olhos fechados, apesar de poderem ver. Um dia ela encontra outra viajante, a Professora, e suas descobertas se ampliam ainda mais.

“A Menina e o Velho” (2021, 10’), de Luciano Fusinato, é uma tocante animação catarinense realizada em Benedito Novo, no Vale do Itajaí. Nela, uma menina e um idoso se tornam amigos e trocam coisas por meio de um varal, incluindo poesias, uma metáfora também para o isolamento devido ao Covid. As gravações foram feitas no quarto de um apartamento durante a pandemia e todo o cenário foi construído para bonecos de 9 centímetros de altura. O projeto foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc de emergência cultural no município.

“Pingüino y Ballena” (2020, 2’), de Ezequiel Torres, Pablo Roldán, da Argentina, também uma animação, tem como personagem um pinguim, que por causa do aquecimento global está ficando sem ter onde morar. A sua amiga baleia vem ajudar a encontrar outra casa para ele, mas por causa do calor o gelo sempre derrete. Talvez, trabalhando em equipe com outros animais, inclusive nós humanos, ela consiga cumprir sua missão.

“Jamary” (2021, 15’) de Begê Muniz, é uma produção com toques do gênero de horror, realizada em Manaus, que fala de ecologia e dos seres fantásticos que habitam a floresta amazônica. A mata é o lugar das brincadeiras da menina Ane e seus primos e onde vive o Anhangá, o protetor da floresta. Um dia ela vai mais longe e então encontra o assustador Jamary.

O 25º Florianópolis Audiovisual Mercosul tem o patrocínio do Sebrae e é uma realização da Associação Cultural Panvision e Muringa Produções Audiovisuais.

(Florianópolis Audiovisual Mercosul, 09/09/2021)