Embrapii credencia unidade na UFSC para projetos com a indústria na área de mobilidade

Embrapii credencia unidade na UFSC para projetos com a indústria na área de mobilidade

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) agora é sede de uma nova unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A Move – Unidade Embrapii de Máquinas e Equipamentos para Mobilidade reúne 13 laboratórios, vinculados aos departamentos de Engenharia Mecânica e de Informática e Estatística, com a proposta de oferecer soluções completas de projetos para empresas. A iniciativa baseia-se na colaboração entre universidade e indústria e é desenvolvida no âmbito do Rota 2030, programa federal que visa ao desenvolvimento do setor automotivo do país e à ampliação de sua inserção global.

A UFSC foi contemplada, junto com outras sete universidades, na Chamada 01/2021, realizada com apoio do Ministério da Educação (MEC) e cujo resultado foi divulgado em julho. Segundo a Embrapii, o credenciamento de novas unidades pretende atrair empresas pela capacidade de geração de soluções tecnológicas das universidades e alavancar os recursos privados em inovação, à medida que o modelo de financiamento adotado exige a contrapartida financeira por parte do setor empresarial. No total, há 26 unidades Embrapii em 23 universidades federais, que estão à frente de 310 projetos de 197 empresas apoiadas, somando R$ 473 milhões em investimentos. A Move é a segunda unidade Embrapii na UFSC – o Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica (Polo) foi credenciado em 2014.

Para o pró-reitor de Pesquisa, Sebastião Roberto Soares, esse é um reconhecimento da competência científica e tecnológica instalada e consolidada na Universidade. O credenciamento, enfatiza ele, “corrobora a visão de oportunidades das sinergias da UFSC com diferentes segmentos da sociedade, aqui com ênfase em empresas industriais, em prol do fortalecimento da capacidade de inovação brasileira”.

Soluções integradas para empresas

A unidade trabalhará a partir de demandas da indústria, com projetos integrados divididos em três linhas: veículos e equipamentos para movimentação de cargas e pessoas; dispositivos e equipamentos para conversão de energia e propulsão; e processos de fabricação e sistemas de manufatura e materiais. O diretor da Move, o professor do Departamento de Engenharia Mecânica Rodrigo de Souza Vieira, explica que a ideia é gerar soluções inovadoras, na área de máquinas e equipamentos, para empresas que atuem em toda a cadeia da mobilidade, o que inclui desde fabricantes de automóveis até produtores de implementos agrícolas.

“Digamos que, por exemplo, a empresa A tem um produto no mercado e está perdendo competitividade em relação aos produtos chineses. Então, ela pode nos procurar para tentarmos verificar o que pode ser feito em termos de projeto ou projeto e fabricação daquele produto para ela voltar a ser competitiva”, ilustra Rodrigo. Com uma equipe interdisciplinar, o grupo pretende oferecer soluções completas: “A gente teria competência suficiente para dar desde a parte da análise inicial do projeto, ou seja, definir quais são os requisitos de engenharia que precisaria para aquele projeto, até definir qual seria o processo de fabricação para fazer aquele produto e entregar depois isso em termos de protótipo para validação da empresa”, explica o docente. “Por isso que a gente fala em soluções integradas, porque tem desde a questão da mecânica hard mesmo, que é a parte de fabricação, passando pela parte de projeto, pela parte de geração de energia e ainda com esse plus que é a parte de computação”, complementa.

(Confira mais informação na reportagem da UFSC, 26/08/2021)