28 jul Sistemas alimentares urbanos: desafios e oportunidades
Atualmente mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas e até 2050 espera-se que essa fatia chegue a 75% das pessoas. A dinâmica da urbanização traz consigo desafios complexos para os sistemas alimentares: pobreza, insegurança alimentar, mudanças no estilo de vida, produção e consumo de alimentos não sustentáveis estão impactando profundamente o bem estar nos centros urbanos. Além de consumir a maior parte do alimento disponível, os habitantes das cidades direcionam uma fração significativa desse consumo para produtos de origem animal e transformados, que demandam altos recursos ambientais e consolidam a agricultura e a pecuária entre as principais causas de emissão de gases do efeito estufa.
A necessidade de ter acesso a uma alimentação adequada é outra questão fundamental nessa esfera. Ainda que as cidades ofereçam mais alimentos, postos de trabalho e serviços sociais, estes benefícios não são igualmente distribuídos. Por exemplo, alguns bairros não oferecem fácil acesso a supermercados e feiras, caracterizando-se como “desertos alimentares”. O ritmo imposto pela vida urbana também diminui o tempo disponível das famílias para comprar alimentos e cozinhar suas próprias refeições, tornando frequente o consumo de fast foods e alimentos altamente transformados. Esses hábitos podem provocar o aumento de problemas como obesidade e doenças crônicas ligadas à alimentação, impactando diretamente a saúde das pessoas e gerando custos enormes para os sistemas sanitários locais.
(Confira a reportagem completa em Observatório da Gastronomia, 27/07/2021)