Audiência pública desenvolve metodologias de participação da sociedade na revisão do Plano Diretor do município

Audiência pública desenvolve metodologias de participação da sociedade na revisão do Plano Diretor do município

Buscando discutir e criar processos e metodologias de participação da sociedade na revisão do Plano Diretor de Florianópolis, foi realizada na tarde quinta-feira (15) uma audiência pública no âmbito das Comissões de Meio Ambiente e de Viação, Obras Públicas e Urbanismo, atendendo ao requerimento n.º 34/2021 de autoria dos vereadores Afrânio Boppré (PSOL), Marcos José de Abreu – Marquito (PSOL) e das vereadoras Carla Ayres (PT) e Cíntia Mendonça (Coletiva Bem Viver).

“O propósito não é discutir o Plano Diretor, mas sim como se dará a participação da sociedade na discussão, porque no meu modo de entender, a legislação por parte do Poder Executivo está sendo mal interpretada e nós precisamos ajustar essa interpretação na Câmara de Vereadores e com a sociedade”, disse o vereador Afrânio Boppré no início da conversa.

O biólogo e representante do gabinete da vereadora Carla Ayres (PT), Matheus Haddad, destacou a importância da promoção de audiências públicas regionalizadas com a comunidade. “A gente entende a necessidade de que sejam feitas audiências públicas nos bairros, colhendo as demandas da população e que a partir disso envie para a Câmara; e por mais que a gente tenha consciência e acredite realmente que o IPUF e demais servidores técnicos da nossa prefeitura tenham uma posição e capacidade gigantesca, é fundamental incluir os órgãos universitários e de estudos independentes também nessa revisão; discutir de forma séria e ampla, porque muitos dos problemas que precisam ser arrumados agora vêm de um Plano Diretor de 2014 em que parte das emendas eram feitas em Plenário, no momento da votação. Então a gente entende a necessidade de ter um pouco de calma nessa revisão e ouvir a população, a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), técnicos independentes e todo ao redor”, disse.

Já a co-vereadora Lívia (Coletiva Bem Viver) levantou a necessidade da criação de um diagnóstico da capacidade de suporte do município. “No que se refere à estrutura geológica do terreno; da infraestrutura do saneamento, incluindo abastecimento de água, tratamento e drenagem; fornecimento de energia elétrica; telecomunicação; transporte; e mobilidade. Pensar esse diagnóstico, no nosso entendimento, é essencial para corrigir as distorções que a gente enfrenta todo dia em relação ao Plano Diretor vigente”, destacou.

Além disso, o vereador Marcos José de Abreu – Marquito (PSOL) destacou a importância de alinhar o Plano Diretor aos instrumentos orçamentários (Plano de Metas, Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual) e dos outros planos estarem minimamente sintonizados com essas alterações, como o Plano de Saneamento, de Mobilidade, de Resíduos Sólidos, das Unidades de Conservação, e de Habitação Social.

(CMF, 15/07/2021)