Atendimento Covid em UTIs móveis pode iniciar nos próximos dias em Florianópolis

Atendimento Covid em UTIs móveis pode iniciar nos próximos dias em Florianópolis

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 15/03/2021)

A central de triagem para atender doentes com Covid-19 por meio de telechamadas e ambulâncias, principalmente UTIs móveis, que está sendo montada em Florianópolis pela Associação Catarinense de Medicina e entidades empresariais, pode iniciar atividades nos próximos dias. Os líderes do projeto estão negociando com empresa que já presta serviço médico móvel e aguardam resposta até amanhã. Se for favorável, os serviços podem começar ainda esta semana. As doações de recursos para o projeto também avançaram e chegam a R$ 3 milhões.

O objetivo é atender pacientes na fase dois da doença, isto é, aquela em que o doente tem sintomas que causam maior mal-estar como febre, inflamações e outros que requerem atendimento médico e medicações. O plano é ampliar serviços na fase pré-UTI porque o sistema hospitalar está sobrecarregado na região. O objetivo é atender pacientes do SUS, mas os demais também podem procurar os serviços.

A opção por uma central de triagem com atendimento em ambulâncias foi a escolhida porque a montagem de um serviço médico é demorada, tanto pelos tramites burocráticos, quanto pela falta de produtos no mercado, explicou o presidente da Associação Catarinense de Medicina, Ademar de Oliveira Paes Junior. O grupo começou a trabalhar no projeto dia 5 e, quando começou a orçar com fornecedores, descobriu que a oferta de todos os produtos hospitalares está escassa no Estado.

O projeto da central de triagem Covid é mais uma iniciativa da Força-tarefa empresarial criada pela ACM e a Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) em março do ano passado para fazer frente aos desafios da pandemia. Uma das primeiras ações foi consertar e produzir respiradores.

Nesse novo projeto para Florianópolis, que tem apoio da Prefeitura da Capital e do governo do Estado, participam também a Associação Empresarial do município, a Acif, que ficou responsável pelo contato com doadores privados, mais a CDL, o Sinduscon , a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e o Movimento Floripa Sustentável.

O presidente da Acif, Rodrigo Rossoni, informa que a entidade doou R$ 1 milhão para a central e já conseguiu mais R$ 2 milhões de outros doadores privados, o que permite iniciar os serviços.

O plano é oferecer atendimento em UTIs móveis e também instalar uma central de triagem junto à sede da ACM, na rodovia SC-401. Dependendo dos resultados, o modelo poderá ser adotado em outras cidades catarinenses.