Dia Internacional das Mulheres: um dia de reflexão para toda a sociedade

Dia Internacional das Mulheres: um dia de reflexão para toda a sociedade

Foto: Facebook

Artigo de Gladys Afonso
Presidente da Comissão de Equidade de Gênero do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina)

Atualmente as mulheres ultrapassam 50% da população brasileira. Todavia, não alcançamos essa mesma maioria em cargos de comando, tanto no serviço público como no privado.

Além disso, segundo dados do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), comparados os anos de 2019 e 2020, tivemos um aumento de 142% nos casos de feminicídio, apenas para exemplificar, porque outros dados negativos poderiam ser citados.

Portanto, precisamos falar de equidade de gênero. Precisamos buscar igualdade, considerando, porém, a realidade prática encontrada.

Discutir equidade é um tema importante, e esse debate é essencial para que o setor público e o privado garantam a sustentabilidade dos seus negócios e de suas diretrizes, proporcionando o engajamento de todas e todos os colaboradores das instituições e empresas.

Comprometido com o problema e agindo para encontrar soluções, o MPSC criou uma comissão para discutir o assunto e auxiliar na implementação de políticas internas, pautada no respeito mútuo, na igualdade de tratamento e na preservação da dignidade das pessoas.

Promover a equidade de gênero em todas as atividades, além de melhorar a qualidade de vida de toda a sociedade, fortalecerá consequentemente a economia e propiciará o desenvolvimento sustentável. A discriminação é uma postura que deve ser combatida.

Hoje, no Dia Internacional da Mulher, conclamo a todas e a todos para uma reflexão permanente, despida de preconceito, ideologia, idade, raça, sexo, para garantir que se acabe com a discriminação contra as mulheres e meninas. Essa postura deve ser empreendida todos os dias.

Não podemos esperar apenas por soluções vindas dos governantes ou do Legislativo. Esse é um tema que deve plasmar nossas ações e escolhas diárias. Falo da educação dos filhos, das conversas de grupos, dos movimentos civis.

Infelizmente, ainda se constatam desigualdades no mercado de trabalho, violência e exploração sexual, divisão desigual sobre as obrigações domésticas e a discriminação pública, que continuam como grandes barreiras a serem vencidas.

Porém, essa luta não é só das mulheres; é de toda a sociedade. Temos a obrigação de nos unirmos em prol de uma sociedade mais justa, equânime e menos desigual. Tenho certeza e convicção de que, assim agindo, estaremos no caminho certo.

(ND, 06/03/2021)