O principal desafio da temporada de verão em Santa Catarina

O principal desafio da temporada de verão em Santa Catarina

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 13/12/2020)

Frear o nível de transmissibilidade da Covid-19 durante a temporada aparece como o principal desafio de quem está no comando da gestão da pandemia em Santa Catarina.

Os turistas estão chegando no momento de pior cenário de contágio do coronavírus desde março, com praticamente todas as regiões em nível gravíssimo e sem perspectiva de mudança de comportamento da população – que relaxou bastante os cuidados.

Com um índice de isolamento bem aquém do ideal, o temor é de que praias lotadas, aglomerações nas baladas e descuido em relação aos protocolos de segurança piorem ainda mais a situação dos hospitais nos meses de janeiro e fevereiro.

Às voltas com a iminência de um colapso na rede hospitalar, prefeitos e autoridades sanitárias vivem um dilema.

Ao mesmo tempo em que sofrem pressão de alguns setores, que pedem ações enérgicas de enfrentamento à Covid-19, eles sabem que, mesmo com o agravamento do cenário, não há clima político para medidas mais fortes, como lockdown. A percepção é de que as pessoas estão cansadas – portanto, a adesão seria pequena – e que muitas empresas não aguentariam mais um tempo com as portas fechadas.

Por fim: com um aparato de fiscalização desproporcional ao movimento do verão, especialmente em Florianópolis e Balneário Camboriú, o jeito será reforçar o apelo no sentido de sensibilizar a população sobre a necessidade de uso constante de álcool gel e máscara, além do respeito ao distanciamento social.