03 dez Restrições após eleição mostram a lógica perversa da política
Da Coluna de Renato Igor (NSC, 02/12/2020)
Deu a lógica e ocorreu aquilo que o setor produtivo mais temia. Terminada a eleição, Estados e municípios implementam medidas de restrição de atividades. São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul já foram neste caminho. São ações deste tipo que mancham ainda mais a imagem dos políticos. Os mesmos políticos que enganam as pessoas falando que suas atitudes são baseadas na ciência. Mentira!
O agravamento da pandemia já era uma realidade durante o período eleitoral, em especial no intervalo entre o primeiro e segundo turnos. Já se sabia do aumento de casos, da taxa de transmissão alta, do aumento de óbitos e da ocupação maior dos leitos de UTI. Isso já se sabia! Por oportunismo político e para evitar desgaste em período eleitoral se postergou o anúncio de medidas restritivas.
Em Santa Catarina deveremos ter também novas restrições. Neste caso, é verdade, o governador Carlos Moisés não pode ser responsabilizado pois estava fora da gestão no período.
Os políticos que sabiam do agravamento da pandemia e não adotaram medidas de incremento na fiscalização ou restrições no período eleitoral serão os responsáveis pelas demissões que irão ocorrer. É difícil e até hipócrita cobrar do cidadão respeito às normas quando os próprios políticos não as respeitam. Depois dos políticos e gestores públicos fazerem campanha, distribuírem abraços, apertos de mão, promoverem festas e aglomerações, a conta será paga, como sempre, pelo cidadão.