30 nov O momento é crítico, diz médico de Florianópolis sobre a pandemia
Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 29/11/2020)
O aumento de casos em todo o Estado tem pressionado e impactado, novamente, o sistema de saúde. O que é mais importante para reverter esse quadro?
É a conscientização da população sobre a gravidade da situação, sobre a importância das medidas que podem evitar a transmissão da doença e a respeito da necessidade de avaliação precoce e acompanhamento no caso de sintomas.
A capacidade instalada de atendimento hospitalar privado da Grande Florianópolis está com ocupação máxima. As pessoas precisam manter o uso de máscara e manter a limpeza frequente das mãos, lavando-as com álcool gel ou água e sabão.
Como a tecnologia está ajudando na triagem e monitoramento dos sintomas da Covid-19?
A tecnologia, por meio de algoritmos de inteligência artificial, pode contribuir muito para o cuidado e para a segurança do paciente.
Disponibilizamos no site da Unimed Grande Florianópolis um robô, a Laura, que faz a triagem virtual dos clientes que interagem, para identificar se os sinais e sintomas relatados podem corresponder aos do coronavírus. Sendo compatíveis, o paciente é orientado a procurar atendimento médico presencial.
Caso contrário, é acompanhado via aplicativo de mensagem por até 14 dias. Nos casos intermediários, o algoritmo envia sinalização para uma equipe de saúde, que faz contato telefônico com o paciente para esclarecimentos e orientações.
A tecnologia não substitui a função da equipe de saúde, mas potencializa a capacidade de acompanhar os pacientes de forma remota, priorizando o atendimento dos pacientes com maior risco.
Qual a evolução do tratamento de pacientes com Covid-19?
Houve evolução no conhecimento sobre as fases da doença e na identificação dos pacientes com maior risco de quadro grave. A avaliação médica precoce e a internação dos pacientes com maior risco para tratamento hospitalar multidisciplinar são as condutas com melhores resultados.
O desafio é controlar a transmissão para que o número de pessoas com indicação de tratamento hospitalar não supere a capacidade do sistema de saúde.
O momento atual é crítico na Grande Florianópolis, assim como na maior parte das macrorregiões de Santa Catarina, e as orientações de prevenção precisam ser seguidas pela população.