17 ago Reciclagem começa em casa
Artigo escrito por Vanessa Damo – Pós-graduada em Gestão Ambiental (DC, 17/08/2009)
Para grande parte da população, o problema do lixo só existe quando há interrupção na coleta da cidade. As pessoas só se preocupam com seus dejetos quando seu próprio lixo fica apodrecendo na frente de casa, causando mau cheiro e atraindo insetos. O problema do lixo é muito maior. Mesmo quando a coleta funciona, ele não desaparece. É apenas levado para outro local, onde precisa receber tratamento adequado para evitar danos maiores à nossa saúde e ao meio ambiente.
O lixo que geramos hoje é composto por muitas embalagens de plástico, caixas de papel, isopor e latas – materiais que a natureza não consegue decompor, mas que podem ser reciclados e reutilizados, diminuindo, assim, o impacto ambiental. Mas a realidade, infelizmente, é bem diferente do ideal. Na cidade de São Paulo, por exemplo, são descartadas 15 mil toneladas de lixo por dia, mas só 1% desse montante é reciclado.
Essa situação não pode continuar e muito menos se agravar. É preciso que façamos a nossa parte, que modifiquemos alguns de nossos hábitos. E essa mudança tem que partir de todas as esferas sociais, através de uma educação ambiental ensinada dentro de casa. Por exemplo: se a filha observa a mãe jogando o óleo que restou da fritura no ralo da pia da cozinha, provavelmente seguirá o mesmo exemplo mais adiante. Ou, se um menino nunca teve que separar seu lixo, provavelmente não levará essa prática para o seu lar depois de casado.
Mude, separe o lixo que for reciclável do orgânico e, caso na sua rua não tenha coleta seletiva, leve o que pode ser reutilizado até os pontos de coleta. Faça o mesmo com o óleo de cozinha. Informe-se, entre em contato com as instituições que fazem reciclagem, divulgue suas iniciativas para a vizinhança e para o bairro onde você mora. Mudar não é fácil, e pode ser trabalhoso, mas o resultado é compensador.