13 ago MST ocupa o Sapiens Parque
Os sem-terra pedem assentamento em área do Norte da Ilha
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam o terreno do Sapiens Parque, no Norte da Ilha, ontem pela manhã, para reivindicar assentamentos. Diferente do protesto do grupo em Brasília, na Capital, a manifestação foi pacífica.
O lugar foi escolhido pelos participantes por estes entenderem que o espaço, que pertence ao governo do Estado, deveria estar disponível para servir à comunidade local. O diretor estadual do movimento, Altair Lavratti, chegou a sugerir que o terreno abrigasse um projeto de habitação para beneficiar quem mora nas favelas da região.
Durante as cinco horas de ocupação, os manifestantes cobraram do presidente Lula o cumprimento do acordo feito com o movimento, segundo o qual seriam assentadas 400 mil famílias em quatro anos. Passaram-se oito e apenas 200 mil foram assentadas. Destas, 1,2 mil são catarinenses. Outras reivindicações do MST são para que o governo reveja os requisitos de caracterização de propriedades produtivas e improdutivas, amplie as linhas de crédito para a instalação de famílias e volte atrás na decisão de cortar R$ 1,2 bilhão do orçamento destinado à reforma agrária neste ano. Estes integrantes do MST que protestaram nos últimos dias na Capital vieram, na maioria, de cidades do Meio-Oeste catarinense.
O diretor executivo do Sapiens Parque, José Eduardo Fiates, explicou que o empreendimento, criado pela Companhia do Desenvolvimento de Santa Catarina (Codesc) e pela SC Parcerias há sete anos, continua sendo controlado pelas duas instituições estaduais.
Já há vários anos o MST vem realizando protestos que, não raro, são classificados como violentos e ilegais, como, por exemplo, ocupações forçadas de prédios públicos.
(DC, 13/08/2009)