Falta eficiência no monitoramento eletrônico da PM

Falta eficiência no monitoramento eletrônico da PM

Da Coluna de Renato Igor (NSC, 03/08/2020)

O investimento com a instalação das câmeras de monitoramento da Polícia Militar (PM/SC) nas ruas das cidades catarinenses não é pequeno. A vigilância eletrônica é bastante eficaz na materialização da prova e condenação dos marginais, entretanto, bem menos eficiente para a prevenção criminosa. A PM havia anunciado a intenção de integração com as câmeras das companhias privadas de segurança, empresas, condomínios e residências, o que iria ampliar a rede de controle. Não saiu do papel ainda. Está em estudos na Secretaria de Segurança Pública.

Outra questão é o uso de inteligência artificial para “olhar” as câmeras. Falta efetivo para ver tanta imagem e trata-se de um trabalho que requer muita concentração. Imagine um ser humano na frente de uma parede com 40 monitores de imagens de ruas e avenidas. É de uma monotonia só! Trabalho não eficiente. É muita câmera pra pouca gente ver.

Mas é mais do que isso. Quando estive em Israel , há dois anos, em visita às empresas de alta tecnologia no setor de segurança, isso ficou muito claro. Os israelenes deixaram claro que é preciso um olhar inteligente, um software que dispare o alerta quando identificar padrões específicos de comportamento nas imagens. O primeiro olhar, a primeira triagem é feita, com agilidade, pela inteligência artificial. Alguém de manga longa ou casaco num dia de calor, alguém correndo no meio de uma multidão, uma mala deixada na rua, e por aí vai. O agente de segurança é acionado para averiguar já no local suspeito. Ganha-se em qualidade, agilidade e eficiência.