16 jul ACIF apoia acolhimento precoce da Covid-19 para mais disponibilidade de leitos
Balizada por dados, estudos médicos e feedback da organização Social Good Brasil (SGB) e dos hospitais particulares da Capital, a Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF) apoia, junto ao Floripa Sustentável, a adoção da Prefeitura de Florianópolis e do Governo Estadual do acolhimento precoce no tratamento da Covid-19. O tema foi tratado na reunião da Diretoria Executiva da entidade, na última terça-feira (14), com a presença de profissionais da saúde, com boas perspectivas. A meta é tratar os sintomas da doença logo no início, mesmo antes de confirmada – procedimento que apresenta queda significativa nas internações ao evitar o agravamento da doença.
Segundo Fernanda Bornhausen, presidente voluntária da Social Good Brasil, a organização utiliza inteligência de dados para apurar a evolução da doença e o quadro atual já era previsto desde meados de maio. “Se as políticas de saúde continuarem assim, em 30 de julho os números de casos e mortes estarão dobrados”, alerta. Para João Ghizzo Filho, ex-secretário estadual de Saúde, é necessário sensibilizar os secretários municipais para a adoção do acolhimento precoce. “Isso inclui diagnóstico, histórico dos pacientes, exames, tratamento e controle domiciliar”, explica. Impressionado com a demora por mudanças no enfrentamento, Fernando Aranha, coordenador da UTI do hospital SOS Cárdio, afirma que a medicina baseada em evidências deve ser levada em conta. “Existem várias formas de tratar uma enfermidade, mas o que é feito agora é simplesmente mandar o paciente pra casa e esperar que o quadro se agrave”, lamenta.
“O tratamento precoce já ocorre em diversos países e outros estados brasileiros. Estimulamos a iniciativa para evitar que a doença se agrave, ajudando a salvar vidas. Nossa campanha é para que as pessoas procurem por atendimento o quanto antes”, afirma Rodrigo Rossoni, presidente da ACIF. Ele completa dizendo que “é hora de estancar a propagação da Covid-19 logo em seu estado inicial, evitando a lotação das UTIs e medidas como novos lockdowns, que, comprovadamente, não funcionam e trazem prejuízos à saúde em todos os aspectos”.
(DeOlhoNaIlha, 15/07/2020)