Um olhar otimista sobre os números da pandemia no Brasil

Um olhar otimista sobre os números da pandemia no Brasil

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 16/06/2020)

O contágio pelo novo coronavírus no Brasil avançou 2,57% em 72 horas no período de 13 a 15 deste mês (até a última segunda-feira). Isso significa que foi uma expansão 41,59% mais lenta do que na amostra anterior, de 09 a 12 de junho. Uma análise da linha gráfica dos números indica que a pandemia alcançou um platô no Brasil, conclui o auditor interno do Estado de Santa Catarina, André Luiz de Rezende, que nos últimos meses tem feito um trabalho voluntário de acompanhamento dos números da Covid-19 no Brasil e no mundo.

– A expectativa, comparando com outras localidades, é que o platô dure mais uns 7 dias. Depois, começaremos uma queda lenta e gradual. Lembrando que a queda será como um eletro, ou seja, com movimentos para cima e para baixo, mas, com tendência geral de queda – analisa Rezende.

Segundo ele, a tendência natural é a doença estar sob controle em cerca de 25 a 40 dias, dependendo da região do Brasil. Mas ainda será necessário conviver com o vírus no mínimo até outubro. O auditor observa que será necessário conviver com a doença sob controle, mas ainda gerando novos casos e alguns óbitos. A solução definitiva virá com vacina. No atual momento, mais de 100 vacinas estão sendo pesquisadas e a expectativa é de que no final do ano pelo menos uma possa ser aplicada em série.

– A observação do comportamento da pandemia em outros países demonstrou uma desaceleração considerável, com posterior queda nos números a partir do 100º dia da doença. O Brasil, no geral, já ultrapassou esse marco de 100 dias. Para Santa Catarina faltam poucos dias. No mundo, não houve caso de crescimento sistêmico após esse marco. Houve desaceleração e números de crescimento de contágio entre 0,44 a 1,56, mais ou menos o mesmo número médio para o qual o Brasil começa a apontar – explica o auditor.

Essa redução gradativa de casos da doença permitirá atividade econômica maior no país e do Estado. O maior ritmo de atividade fora de SC ajuda porque a indústria catarinense é altamente vendedora para os demais Estados, especialmente os do Sudeste.