18 maio Acif cobra volta do transporte coletivo para achatar a curva do desemprego
Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 16/05/2020)
A Associação Empresarial de Florianópolis (Acif) avalia que a volta do transporte coletivo, com medidas de segurança e distanciamento, é fundamental para aumentar a atividade econômica. Em nova nota sobre o tema divulgada na tarde desta sexta-feira, a entidade alerta que a última pesquisa do Sebrae-SC em parceria com a entidade apontou para a perda de 48 mil postos de trabalho em Florianópolis desde o início do isolamento. Sem o transporte, a economia não está girando.
Na nota, a entidade cita o exemplo de Curitiba, que não parou o transporte e está com a doença sob controle. Cita também os exemplos da Coreia do Sul, Austrália e Suécia, que mantiveram o transporte funcionando.
Leia a íntegra da nota:
ACIF questiona PMF sobre retorno do transporte coletivo e pede transparência
A Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF) defende o imediato reinício, seguro e controlado, do transporte coletivo na Grande Florianópolis. Principalmente devido a exemplos de cidades como Curitiba e países como a Coreia do Sul (tido como referência na Capital), a Suécia e a Austrália, onde o serviço não foi interrompido totalmente ou por tão longo período, sem qualquer perspectiva de retorno. Um detalhado plano sanitário foi apresentado pelo sindicato das empresas do setor (SETUF) ao governo estadual e à Prefeitura de Florianópolis, garantindo à população proteção e segurança, contando também com a colaboração dos usuários.
O gráfico apresentado recentemente pelo prefeito Gean Loureiro mostra uma curva cumulativa de infectados, causando uma falsa ideia e fazendo parecer uma procura forçada por aprovação, o que não contribui à transparência. A entidade defende que o correto seria utilizar dados diários de contágio, incluindo também variáveis que afetam a vida de todos, como o assombroso número de desempregados – 48 mil trabalhadores até o momento, fator com alto impacto na saúde das pessoas.
A ACIF ressalta que, de forma alguma, defende um ‘libera geral’, para usar a expressão do prefeito. Suas lideranças estão conscientes da necessidade de segurança em primeiro lugar. Também estão abertas, junto a outras entidades do setor, ao diálogo para uma solução segura, viável e célere.
Santa Catarina e Florianópolis têm sido exemplares para o país, por força de seu povo. O estado tem cerca de 85% dos leitos de UTI disponíveis – uma ótima notícia, já que a curva da Covid-19 está achatada. Agora é hora de achatarmos a curva do desemprego.
Florianópolis, 15 de maio de 2020