22 abr Com inverno mais frio, há boa expectativa para safra da tainha em 2020
Nos ranchos do litoral catarinense, pescadores e donos de barcos trabalham para consertar redes e deixar tudo pronto para o começo da temporada da pesca da tainha. Depois do péssimo resultado em 2019, quando foram capturadas apenas 1,16 mil toneladas, contra as 2,5 mil toneladas esperadas em Santa Catarina, os pescadores artesanais torcem por um inverno mais rigoroso.
Conforme a previsão mensal do The Weather Channel, as temperaturas devem começar a cair a partir de 10 de maio, em Florianópolis, oscilando entre 16ºC e 23ºC, podendo chegar entre 13ºC e 21ºC na segunda quinzena de junho. Julho deve ser ainda mais frio, com máximas de 20ºC.
Para o pescador Alionezio Souto, da Lagoinha do Norte, em Florianópolis, a expectativa é grande. “Esse ano já matamos umas 20 toneladas de parati, que é alimento da tainha, então estamos com expectativa de que venha bastante peixe nesta safra”, afirma.
No entanto, além de esperar por um inverno com bastante frio e vento sul – considerados elementos essenciais para a pesca da tainha, os pescadores tentam se adequar à nova realidade. A pandemia do novo coronavírus também afeta a pesca artesanal, tradição que resiste ao tempo em várias cidades do Estado.
Máscaras, álcool gel e distanciamento
Agora, é o momento de consertar redes e arrumar os barcos, mas devido à quarentena muitos estão receosos e acabam ficando em casa. Da sociedade da qual Alionezio faz parte, que reúne dois ranchos de pesca e cerca de 35 pessoas, nem todos estão trabalhando.
“Aqui trabalhamos ao ar livre, mais longe um do outro e de máscaras. Cada um traz a sua e temos álcool gel. Mas a grande maioria dos pescadores tem mais de 50 anos e muitos estão com medo. Os idosos nem estão vindo mais”, diz Alionezio.
(Confira a matéria completa em ND, 21/04/2020)