23 jul Estudantes pedem segurança na João Gualberto Soares
A construção de calçadas e ciclovia no trecho de 120 metros que inclui a frente da escola chegaram a ser iniciadas pela Secretaria de Obras.
A comunidade que mora no entorno da Rodovia João Gualberto Soares, em Ingleses, há três anos e meio tem reivindicado, sem sucesso, medidas de infra-estrutura que melhorem a segurança da estrada, que recebe intenso tráfego e sofre com constantes acidentes, inclusive fatais. No último dia 10 de julho, estudantes da Escola Intendente José Fernandes, que fica à margem da rodovia, realizaram o terceiro grande protesto para exigir melhorias, com uma passeata que atravessou a João Gualberto Soares.
A construção de calçadas e ciclovia no trecho de 120 metros que inclui a frente da escola chegaram a ser iniciadas pela Secretaria Municipal de Obras, mas foram interrompidas depois de três meses porque parte dos moradores se recusaram a fazer o recuo dos seus muros, que em alguns casos estão quase em cima da estrada. A prefeitura realiza a obra gratuitamente, mas precisa da autorização do proprietário. É necessária uma distância mínima de nove metros de um lado a outro da pista para a realização das obras.
O organizador da manifestação e participante do Movimento pela Humanização de Ingleses, Ciro Limas, lembra que, de 2007 para cá, já ocorreram quatro mortes no trecho considerado o mais perigoso da rodovia, a chamada “curva da morte”, localizada no quilômetro 2,4. “As manifestações começaram em 2006, quando morreu uma criança na rodovia”, lembra o líder comunitário. Ele explica que aquela parte da estrada costuma ter os acidentes mais graves, mas a região tem muitos atropelamentos que não são registrados por terem ocorrido ferimentos leves.
A diretora da Intendente Jose Fernandes, Tâmara Veriguine Abreu, lembra que todos os alunos participantes da manifestação vieram com autorização dos pais.”A escola deu o exemplo e fez o seu recuo, assim como a Igreja Batista”, lembra Tâmara. A Intendente José Fernandes tem cerca de dois mil alunos que precisam atravessar a pista com uma faixa de segurança praticamente apagada. O projeto de urbanização do trecho da rodovia incluía, além das calçadas e ciclovia, a colocação de uma faixa de pedestres elevada, a exemplo da que já existe há algum tempo em Jurerê Internacional.
(Alexandre Winck, Jornal Folha do Norte da Ilha, 23/07/2009)