23 maio Desafio imediato
Geradora de mais de 12 mil empregos diretos nos municípios da Grande Florianópolis, a indústria da construção tem ampla responsabilidade no futuro da região e exercerá seus compromissos plenamente. O setor não só é o maior empregador privado e principal arrecadador de tributos da Capital, como também está diretamente relacionado com aspectos estratégicos da área metropolitana – como meio ambiente, desenvolvimento econômico e qualidade de vida. Florianópolis está entre as cidades de porte médio que mais atraem a atenção para morar e investir. O resultado é uma forte demanda em domicílios e serviços públicos, pressionada também pela população que abandona as cidades do interior em busca de oportunidades.
O desafio das lideranças das instituições públicas e privadas e das organizações comunitárias é o mesmo: a preservação dos recursos naturais e valores culturais, única condição capaz de assegurar qualidade de vida às próximas gerações.
No decorrer de 2006, Florianópolis e cidades vizinhas terão a oportunidade de elaborar um pacto de crescimento ordenado, com a revisão do Plano Diretor. Será a chance para valorizar e incentivar as atividades formais, reprimir e prevenir a ação da informalidade, resguardar as áreas de preservação e estabelecer limites e critérios para a expansão urbana. Mais do que um balizador técnico, devemos entender o Plano Diretor como uma constituição municipal, um contrato de relacionamento social duradouro, único e conciliador. Será o momento para mostrar que, quando o assunto é a cidade, não há distinções entre classes sociais e funções. Todos são beneficiados ou penalizados, diante do sucesso ou do fracasso.
A participação das entidades empresariais, portanto, é essencial. A permanente vigilância das políticas públicas, notadamente aquelas ligadas às questões tributárias e de uso e ocupação do solo, será fundamental para que a Grande Florianópolis não desande, em definitivo, pelo lugar-comum das cidades médias brasileiras, marcadas pela desordem urbana e criminalidade crescente. Se torna indispensável, portanto, a ação da comunidade organizada. O desafio é imediato – e a indústria da construção não se omitirá.
Artigo de Hélio Barros – Presidente Sinduscon da Grande Florianópolis (DC, 23/05/2006)