NÁUTICA 2019 discute transporte público marítimo

NÁUTICA 2019 discute transporte público marítimo

NÁUTICA 2019 discute transporte público marítimo

Para que o transporte marítimo da Grande Florianópolis saia do papel quatro coisas precisam ser resolvidas: desenho urbano, ênfase para transporte coletivo, infraestrutura e gestão. Essa foi a avaliação do Náutica Floripa, seminário de Conscientização dos Transportes Marítimos e Mobilidade Urbana.

O evento aconteceu nos dias 9 e 10 de dezembro e reuniu diversos setores da sociedade com o objetivo de elaborar subsídios para o desenvolvimento do transporte público aquaviário na região. O Náutica Floripa foi organizado pela ACE (Associação Catarinense de Engenheiros), com apoio interinstitucional do COMDES (Comitê Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis) e da Associação FloripAmanhã.

Ficou decidido que será redigido um documento em conjunto entre a Associação FloripAmanhã, o movimento Floripa Sustentável, o COMDES, a ACE (Associação Catarinense de Engenheiros) e o FORTUR (Fórum do Turismo da Grande Florianópolis), com dados do Observatório da Mobilidade e secretaria de estado da Infraestrutura, para subsidiar os órgãos envolvidos na questão do transporte público marítimo. 

“Descobrimos no Náutica que existe muita desinformação e há falta de sistematização no sentido de fazer o transporte marítimo acontecer”, relata Roberto de Oliveira, coordenador do COMDES. “Além disso não há uma entidade que se responsabilize, não há órgão em nenhum governo que tome a frente disso, que faça a gestão. Depende dos prefeitos e as prefeituras não estão preparadas para discutir o assunto, por isso esse documento é importante”, ressalta.

Durante o seminário, de acordo com Oliveira, foi avaliado que não adianta só mexer no mar. É necessário mexer na terra também, construindo infraestrutura. “Além disso, é obrigatória a interligação entre os dois transportes, o marítimo e o terrestre, para que o sistema funcione”, diz o professor.

O seminário abordou também a questão da terra de marinha, a linha de preamar de 1831 e do gerenciamento costeiro, referente ao uso do mar. O Náutica Floripa tratou ainda a questão da poluição com a participação da UFSC para que qualquer projeto a ser desenvolvido tenha monitoramento da saúde do mar. “O transporte público marítimo deve conduzir e deve manter saudável a questão da maricultura. Tudo o que for desenvolvido tem que ter segurança física e biológica”, alerta Roberto.