06 jul Florianópolis quer ser capital da inovação
Secretaria de Ciência e Tecnologia apresenta plano de ação para tornar a cidade ponto de atração de investimentos
A prefeitura de Florianópolis quer tornar a cidade um pólo tecnológico a ponto de ser reconhecida mundialmente como uma capital de inovação e pretende fazer isso investindo em talentos, formação de redes e tecnologia. A afirmação foi feita pelo secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Carlos Roberto De Rolt, na sexta-feira, 26.
“Queremos posicionar Florianópolis como a Capital da Inovação. A criação desse slogan tem como objetivo a união de esforços para alcançar essa meta”, declarou Rolt. Para o prefeito da capital catarinense, Dario Elias Berger, o investimento em novas tecnologias servirá para diversificar a economia da cidade: “Florianópolis possui dois eixos nítidos de desenvolvimento: o turismo e a tecnologia. O turismo é um dos principais geradores de emprego e renda no município e a tecnologia despontou há alguns anos como o principal PIB [produto interno bruto] de Florianópolis. Com esse compromisso de gestão, a administração quer ser parceira e animadora desses setores para que eles possam se desenvolver como a alavanca de sustentação da economia da cidade”.
Segundo o plano apresentado em cerimônia na sede da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), à prefeitura caberá atrair mão-de-obra qualificada para a cidade por meio de políticas públicas e incentivos, além de fortalecer os programas de inclusão digital em andamento. Serão feitas pesquisas para mapear as principais iniciativas, públicas e privadas, e conhecer a demanda dos cidadãos catarinenses em relação às políticas de inclusão digital. O plano prevê novas estações de consulta pública à internet e a criação de cursos profissionalizantes, entre outras medidas.
Na vertente “formação de redes”, o poder público pretende articular atores estatais e privados para desenvolver a economia de tecnologia da informação na cidade. O objetivo, de acordo com o planejamento, é unir o trabalho de diferentes secretarias e atrair a iniciativa privada para que os investimentos sejam mais eficientes. Além disso, a prefeitura pretende dar mais informações aos empresários interessados em abrir ou ampliar negócios na ilha e diagnosticar quais áreas são menos “modernas” e assim direcionar recursos e profissionais para elas.
Como exemplos bem-sucedidos, foram apresentados o Condomínio Empresarial da Acate, o Parque Tecnológico da cidade e o cluster de games, conjunto de empresas que desenvolvem jogos de computador e celular. “Além de apoiar o crescimento do setor de tecnologia, que é um dos principais geradores de riquezas para o município, essa iniciativa vai contribuir para disseminar o conceito de inovação nos outros setores econômicos, como o turismo. Inovar não é apenas desenvolver softwares, mas é também criar novas formar de receber um turista em nossos hotéis, por exemplo”, explica Rui Luiz Gonçalves, presidente da Acate.
A prefeitura ainda promete apoiar eventos relacionados ao universo do desenvolvimento tecnológico. O plano de ações prevê a realização de versões da Campus Party, maior evento de tecnologia do mundo, em Florianópolis, além de organizar a Maratona da Inovação.
Segundo a nova secretaria, a capital catarinense possui 450 empresas de software, hardware e serviços de tecnologia. Juntas, elas geram 4.936 empregos diretos e faturam R$ 771 milhões por ano.
(Marcelo Medeiros, Guia das Cidades Digitais, 06/07/2009)