25 nov Rotina dos motoristas na Grande Florianópolis tornou-se escolher a “melhor” fila
Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 23/11/2019)
Os sinais se concretizaram em um cenário real. A mobilidade urbana de Florianópolis expandiu sua área de estrangulamento. O que antes se resumia a alguns pontos da Capital, agora torna-se rotina. A criação de estruturas como elevados e viadutos, nos últimos anos, mostrou insuficiente. Prova de que o trânsito da Grande Florianópolis não será resolvido com obras. É necessário muito mais do que isso.
Nos últimos 10 anos, somente em Florianópolis, o número de veículos registrados pulou de 254.942 para 360.829, um aumento de 105.887. Não entram nestes cálculos os dados de São José, Palhoça, Biguaçu e as outras cidades da região que se utilizaram diariamente da Capital para trabalho, estudo ou lazer.
Resultado da expansão de veículos e circulação de pessoas está nos congestionamentos diários. Circular pela Capital catarinense exige dos motoristas escolher a fila. Antes de sair, ele define qual congestionamento vai enfrentar. Em alguns casos não há muita escolha, como na entrada da Ilha pela manhã.
No Norte da Ilha, que há anos vem dando sinais de proximidade de saturação, o começo do dia vem sendo de filas de segunda a sexta-feira. A SC-401, rodovia estadual com maior movimento do Estado, não tem mais condições de absorver a demanda. Resultado da grande ocupação naquele ponto de Florianópolis no período mais recente.
Passou do momento de prefeitura e os governos federal e estadual agirem de forma ousada. Rodízio de placas, alternância de pistas, faixas exclusivas para ônibus, entre outras alternativas. O que não pode é a região ficar refém da imobilidade.