07 ago FIESC lança pesquisa sobre licenciamento ambiental em SC
A FIESC lançou nesta terça-feira (6), em reunião da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade, pesquisa para identificar os principais aspectos relacionados ao licenciamento ambiental e que afetam a indústria. O objetivo é contribuir para a melhoria do processo no setor.
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O tema está no radar por conta do projeto de lei geral de licenciamento ambiental que tramita no Congresso Nacional, cujo objetivo é desburocratizar a emissão de licença. “Entidades de diversos setores estão avaliando o projeto. A indústria quer celeridade e menos burocracia”, afirmou o presidente da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Lourival Magri.
Na reunião, o gerente de sustentabilidade da Whirpool na América Latina, Milton Mondardo, apresentou as estratégias de sustentabilidade da empresa que quer zerar nas fábricas o resíduo industrial para aterro até 2022. “É uma jornada, não há fim, e estará sempre em curso. Um dos aspectos importantes da sustentabilidade é a conexão com as comunidades, voltada a propósitos, além do fornecimento de bens e serviços”, defendeu. A companhia emprega 92 mil pessoas no mundo, sendo 17 mil nas fábricas brasileiras.
As ações voltadas ao tema também se intensificaram, segundo Mondardo, por conta da nova gestão da Whirpool, que agora tem a frente dos negócios o alemão Marc Bitzer. A empresa mantém uma casa de pesquisas nos Estados Unidos (Reneww House) como foco na autossuficiência. As unidades fabris também priorizam os cuidados com a água, optando por alternativas como o reuso de água e o aproveitamento da água da chuva, e com fontes de energias renováveis – as fábricas da Índia e da China, por exemplo, utilizam fonte de energia solar.
José Alberto Schweitzer, especialista de meio ambiente da ArcelorMittal Vega, de São Francisco do Sul, relatou como a empresa desenvolveu um projeto para o aproveitamento de resíduos alimentares. São dois restaurantes que servem mil refeições/dia e destinava 3 toneladas/mês de resíduos alimentares para aterros. “Para zerar o descarte desses resíduos, a empresa investiu numa recicladora de resíduos orgânicos industrial que aquece e extrai a água, reduzindo de 85% a 90% o volume inicial”, explicou. O produto extraído é utilizado na adubação da horta que a indústria mantém na fábrica e na alimentação de aves do parque de reserva natural da Arcelor. A água extraída também pode ser aproveitada, exceto para consumo humano.
(FIESC, 06/08/2019)