Um plano estratégico

Um plano estratégico

Artigo escrito por Mikael Linder – Mestre em Economia do Desenvolvimento (DC, 17/06/2009)
O que metrópoles como Liverpool, Turim, Barcelona e cidades menores como Gênova e Piacenza têm em comum? Todas passaram por uma planejamento estratégico que as tornaram mais atraentes e competitivas. Mas não apenas isso: todas essas cidades e regiões metropolitanas mostraram um significativo aumento nos indicadores de qualidade de vida, com melhorias que se estenderam para a maior parte da população. Melhorias nos serviços públicos (transporte, atendimento ao cidadão, receptividade aos novos moradores e turistas, melhorias na educação e pesquisa) e criação de oportunidades (mais e melhores empregos, atração de investimentos e criação de novas empresas). Tudo isso é fruto de um percurso negociado que colocou lado a lado sociedade civil organizada, administração pública e iniciativa privada.
Para o caso da Grande Florianópolis, um planejamento estratégico possibilitaria maior interação e sinergia entre os municípios e, consequentemente, soluções aos problemas que afetam a todos: o planejamento urbano caótico, a questão do transporte público, a falta de empregos, a baixa produção tecnológica, os serviços públicos precários. É uma ideia que se baseia nos potenciais do território e do seu povo, visando ao desenvolvimento sustentável de médio e longo prazo para escapar das armadilhas econômicas e eleitorais. Desta forma, elabora-se uma análise de todo o território, cujo diagnóstico servirá de base à redação de um plano-compromisso, com metas, formas de ação, competências, responsabilidades, fontes de recursos e instrumentos de avaliação. Tudo amplamente discutido pelo poder publico, pela sociedade e iniciativa privada.