Governo apresenta obras de recuperação da SC-401 para entidades empresariais

Apresentação do projeto de revitalização da SC-401 pelo governo estadual

Governo apresenta obras de recuperação da SC-401 para entidades empresariais

Licitado desde a gestão passada, projeto frustrou empresários e lideranças

Lideranças do Fórum do Turismo da Grande Florianópolis (Fortur), Floripa Sustentável, Comdes, CDL, ACIF, Floripamanhã e Conselho de Desenvolvimento do Norte da Ilha (Codeni) conheceram na noite de segunda-feira (1/7), no Square SC, o projeto de revitalização da rodovia SC-401. O trecho, de 12,92 km, levará dois anos para ser concluído e irá custar R$ 32,9 milhões. A apresentação, solicitada pela coordenadora do Fortur, Zena Becker, foi feita pelo secretário adjunto da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Major Tiago Vieira, e pela assistente técnica Leda Ribeiro, e frustrou os empresários e entidades que só agora puderam conhecer os detalhes do projeto que já estava licitado desde o governo anterior.

Governo estadual apresenta o projeto de revitalização da SC-401

“Fazer revitalização sem terceira faixa no Cacupé é preocupante, pois teremos uma ciclovia ao lado de uma pista de alta velocidade”, disse Jaime Zillioto, diretor da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF). O empresário Marcelo Gomes, do Primavera, lembrou que a empresa foi obrigada pela Prefeitura a fazer uma ciclovia em frente ao empreendimento, mas que ela “leva nada a lugar nenhum” e lembrou que os próprios empresários estão se mobilizando para captar recursos para construção de uma ciclovia num trecho maior da SC-401. “Já temos 50% do valor necessário, mas seria importante o poder público precisa fazer a sua parte para que tenhamos todos os trechos com uma ligação única”.

A arquiteta Juliana Castro alertou para a necessidade de humanizar o projeto, lembrando que o trecho que vai do cemitério Jardim da Paz até o Primavera recebe um fluxo intenso de pedestres e ciclistas, pois atualmente é uma via urbana. “Tem muita gente trabalhando e morando nas imediações”, disse.

Engenheiro e ex-secretário de Transportes e de Desenvolvimento Sustentável, Neri dos Santos, alertou para a falta de obras de sinalização em toda a extensão e também para a urgência de uma marginal na rodovia. A arquiteta da Prefeitura, Cibele Assman Lorenzi, também destacou a necessidade de pensar em outros modais que podem ser contemplados no projeto, já que há pequenos trajetos na região que não necessariamente precisam ser feitos de carro. Ela lembrou também o Plamus (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis), estudo técnico contratado pelo BNDES e que apresentou uma série de soluções para a mobilidade na região metropolitana.

O secretário admitiu que o projeto não é o ideal para a rodovia mas disse que ele estava pronto e licitado. “Com tantos problemas na SC-401 e com as dificuldades de caixa, penso que a melhor alternativa era executar o projeto licitado e discutir, em paralelo outras possibilidades”, observou. “Fica uma sensação de impotência por saber que uma obra estruturante como essa foi feita sem o conhecimento da comunidade”, disse a presidente do Floripamanhã, Anita Pires. Para Zena Becker, do Fortur e Floripa Sustentável, apesar da frustração geral, a abertura de um canal de diálogo com o governo deve ser valorizada. “Vamos tentar avançar”, comentou. Um grupo de trabalho formado por representantes das entidades e Secretaria ficou encarregado de discutir novas obras na rodovia e que não foram contempladas pelo projeto.

Veja as principais mudanças no trecho de 12,92 km

Revitalização do pavimento

Sinalização

Drenagem

Troca de defensas metálicas

Terceira faixa entre viaduto do Joao Paulo e viaduto do Itacorubi

Com informações da All Press Comunicação Integrada.

Também publicado em (Acontecendo Aqui, 02/07/2019)