27 jun Faltou planejamento na obra da terceira pista da Via Expressa em Florianópolis
Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 27/06/2019)
A forma com que foi a liberada a obra da terceira pista da Via Expressa, na BR-282, no trecho de Florianópolis, mostra como a mobilidade urbana é tratada na região. Resolve-se um problema, mas se ignoram outros. Aparentemente o trânsito apresentou melhoras para quem pretende entrar na Ilha e já entra na rodovia antes dos bairros da Capital. Mas há um grave problema para quem está no bairro Estreito ou sai da Avenida Ivo Silveira.
O que antes eram duas faixas para a saída, agora se tornou apenas uma. A obra ampliou a Via Expressa, mas diminuiu seu acesso. Obviamente, não deu certo e as filas aumentaram. Para quem tinha a esperança de ver o tráfego melhorar, ficou desapontado. E não poderia ser diferente. Faltou planejamento e estudo. Como na esmagadora maioria das vezes, os motoristas se tornam reféns da leniência.
Curioso é que para os moradores do Estreito e dos bairros mais próximos à cabeceira das pontes o trânsito melhorou consideravelmente à noite, para a saída da região central de Florianópolis. Mas, pela manhã, o problema só aumentou.
Nesta quinta-feira (27), 10 dias depois da abertura da terceira faixa no sentido Ilha, os envolvidos na organização do trânsito vão se reunir para discutir alternativas. Uma reunião que deveria ter acontecido há meses. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) adiantou a entrega da obra em 90 dias, mas poderia ter aproveitado este tempo para discutir melhor a organização do trânsito. Como não fez isso e causou impactos para milhares de pessoas, precisa encontrar urgentemente uma solução para o erro na Via Expressa.