28 maio A saída para a Via Expressa Sul
Não é a primeira vez que os moradores do entorno da Via Expressa Sul, na Capital, reclamam da má conservação da região e da falta de segurança na rodovia. O problema é recorrente e está intimamente ligado à questão da responsabilidade pelo chamado trecho sul da SC- 401, que é do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura e Transportes) – mesmo órgão que responde por todas as demais rodovias catarinenses sob jurisdição do Estado.
Assim como acontece com o trecho Norte da mesma rodovia, o trecho sul também apresenta características de avenida e seria melhor conservado pelo município, que está mais próximo da comunidade e sabe suas necessidades. Também teria condições de buscar recursos com mais facilidade e tornar prioridade as obras na região, questão que é muito mais complicada para um órgão estadual, que tem que investir em inúmeras outras rodovias, inclusive em condições muito piores que a ligação do Centro com a região Sul da Ilha.
Sem que isso se resolva, o Deinfra pode até atender ao apelo dos moradores, capinar a região e melhorar a sinalização, mas dentro de poucos meses o matagal estará de volta. O que a região precisa é que a rodovia seja humanizada, com espaço para ciclovias e para caminhadas a pé, valorizando aquela região e criando novas áreas de convivência. O entorno da rodovia, no chamado aterro, também merece receber investimentos e se tornar mais atrativo para quem mora e trabalha na região do Saco dos Limões e do Sul da Ilha e para quem visita a Capital durante a temporada de verão. Não revitalizar a região é impedir a criação de novas opções para o desenvolvimento da Capital.
(Editorial ND, 28/05/2019)