Representantes da Rede de Cidades Criativas da Unesco conhecem projetos inovadores do IFSC

Representantes da Rede de Cidades Criativas da Unesco conhecem projetos inovadores do IFSC

Reunidos em Florianópolis na semana passada para a segunda edição do evento Ecriativa, representantes da Rede de Cidades Criativas da Unesco estiveram em visita técnica no Câmpus Florianópolis-Continente na última quinta-feira (28/03) para conhecer projetos inovadores desenvolvidos na área da gastronomia. A comitiva foi recebida pela diretora de Ensino do câmpus, Jane Parisenti, e por integrantes de dois núcleos de estudos: Gastronomia, que trabalha com cozinha contemporânea, e Patrimônio, Gastronomia e Cultura, que desenvolve pesquisas sobre tradições, história e cultura gastronômica. As professoras Fabiana Mortimer Amaral e Silvana Müller, coordenadoras dos núcleos de estudos e representantes do IFSC no grupo gestor da Cidade Criativa de Gastronomia Unesco Florianópolis, apresentaram alguns dos principais resultados dos trabalhos, como pesquisas com foco em geração de renda a partir de produtos da mata atlântica e o resgate de receitas tradicionais como o mocotó como patrimônio cultural de Florianópolis.

Instituída em 2004, a Rede Mundial de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) visa promover a cooperação entre as cidades que têm a criatividade como estratégia para alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil são oito cidades criativas com representação nas áreas da gastronomia – caso de Florianópolis – design, artesanato, música e cinema. Além da capital catarinense, as outras cidades com foco na gastronomia são Belém (PA) e Paraty (RJ).

As representantes da Unesco, Isabel de Paula, da Coordenadoria Geral de Meio Ambiente, Cultura e Economia Criativa do Ministério do Turismo, Nicole Facuri, e do Programa Florianópolis Cidade Criativa, Anita Pires, conheceram os projetos e alguns produtos gastronômicos desenvolvidos a partir deles, como macarrons com farinha de pinhão, pães tradicionais confeccionados para festas religiosas, bijajica, molhos de goiaba-serrana e de uvaia, entre outras preparações. Além de observar o trabalho realizado no IFSC, o grupo discutiu as perspectivas e necessidades das cidades criativas para o desenvolvimento de políticas públicas.

“Entre os problemas comuns a todas as cidades está a questão do fomento e o desenvolvimento de estratégias de comunicação com os públicos estratégicos”, ressalta Fabiana. Para Silvana, a vinda da comitiva pode contribuir para direcionar o planejamento de ações nas cidades: “Os dirigentes do Ministério do Turismo e da Unesco podem, a partir do conhecimento e do reconhecimento das ações de pesquisa em gastronomia do IFSC, viabilizar planos de salvaguarda visando a manutenção das identidades gastronômicas locais que fortalecem a economia criativa e o turismo local”. A criação de um grupo de trabalho no Ministério do Turismo deve ser uma medida de curto prazo para tratar da questão de políticas e fomentos para incrementar as ações do setor.

(IFSC, 04/04/2019)