Teto retrátil do Mercado Público de Florianópolis não funciona por falta de manutenção

Teto retrátil do Mercado Público de Florianópolis não funciona por falta de manutenção

Reivindicada há anos e alvo de polêmicas quando inaugurada —há quem achasse que o tom moderno e tecnológico destoasse da arquitetura histórica— o teto retrátil do Mercado Público de Florianópolis, que deveria abrir em dias ensolarados e fechar nos dias chuvosos não funciona há quase dois anos. A informação foi levantada com exclusividade pelo jornalista Paulo Mueller, da RIC TV, e aponta que a falta de funcionamento da estrutura se deve a também falta de manutenção do telhado.

A estrutura custou R$ 4,2 milhões e a mesma empresa que fez a instalação, a Esphera Sul, também ficaria responsável pela manutenção da estrutura. No entanto, na época, em 2016, no governo Cesar Souza Júnior, o acordo feito com a municipalidade condicionaria a manutenção a estrutura ao pagamento de R4 800 mil que ainda faltavam da instalação do teto.

Mas sem o pagamento, segundo o diretor administrativo da Esphera Sul, Santiago Ramirez Parquet, a empresa deixou de cumprir com o cronograma de manutenções. Em setembro de 2017,  no governo Gean Loureiro (MDB), a Esphera encaminhou ofício ao município informando sobre a inadimplência e sobre a falta de manutenção, mas o município diz que não tinha conhecimento da dívida.

Quem trabalha ou circula pelo vão central reclama das altas temperaturas nos dias de sol. O sistema automático, que deveria estar ligado a uma mini central meteorológica para abrir e fechar de acordo com a umidade do ar ou níveis de calor acabou desligado por questões de segurança.

Já o sistema manual, segundo fontes ouvidas pela reportagem, não é utilizado com medo que a estrutura emperre ou até mesmo quebre devido a falta de manutenção. Há acúmulo de sujeira no teto e nos trilhos que deslizam com a abertura e fechamento da estrutura e em alguns pontos a lona já começa a se soltar.

A cobertura do Mercado Público foi escolhida através de um concurso nacional, realizado em 2013. Um escritório de arquitetura de Curitiba venceu a competição e recebeu 20 mil reais como prêmio. Na sequência foi realizada a licitação para a instalação que deveria ter ficado pronta ainda em 2014, mas que só acabou inaugurada em 2016.

Em 2017, o projeto ficou entre os dez finalistas do 4º Prêmio Tomie Ohtake, escolhido entre os 186 inscritos provenientes de 12 Estados brasileiros e Distrito Federal.

(Confira matéria completa em ND, 11/03/2019)