12 mar Transporte marítimo de Florianópolis precisa de licenças ambientais e segue sem data para começar a funcionar
Mesmo com o trânsito rodoviário saturado, o transporte marítimo em Florianópolis ainda não tem data para começar a funcionar. Faltam licenças ambientais para fazer um terminal e reformar o trapiche na capital.
As longas filas que se formaram após um ônibus quebrar próximo à rodoviária na manhã desta segunda-feira (11) fazem lembrar que o mar poderia ser uma pista livre numa região cercada pela água. O trajeto de São José até o centro de Florianópolis, que por terra tem 12 quilômetros, de barco levaria 12 minutos.
Licenças
No mês passado, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) pediu novos documentos para a empresa que vai administrar o serviço.
O proprietário da empresa falou que deve entregá-los nesta semana e que segue adiantando o que pode. “Nós estamos construindo o barco, nós já temos a área aqui [São José], a nossa edificação já está pré-moldada em Imbituba [Sul catarinense] e assim que der o sinal verde do IMA nós saímos fazendo essa diminuição do trapiche, remodelação dele todo e a dragagem dessa área”, explicou Raul Machado.
A princípio o trajeto seria apenas entre São José e Florianópolis. Ele foi testado no ano passado, com um barco que transporta até 190 passageiros.
Outros municípios
Há outras cidades da região interessadas, mas os prefeitos reclamam que não foram procurados. Mesmo em São José, a prefeita, Adeliana Dal Pont (PSD), não sabe como está o andamento do projeto.
“Oficialmente, a prefeitura não recebeu nenhuma solicitação, nem do empreendedor nem do Deter [Departamento de Transportes e Terminais]. É importante para a região, mas eu acho que seria mais importante também que essas ações fossem feitas de uma forma coordenada”, afirmou a prefeita.
O dono da empresa do serviço de transporte marítimo disse que contatou todas as prefeituras: “todas foram procuradas há um tempo atrás. Mas, como nós não temos a licença ainda, ficou combinado entre o Deter e a nossa empresa que isso seria feito a partir dessa liberação”.
(G1SC, 11/03/2019)