Transporte Marítimo entre São José e Florianópolis ainda não tem data para sair do papel

Transporte Marítimo entre São José e Florianópolis ainda não tem data para sair do papel

Da Coluna de Moacir Pereira (NSC, 05/03/2019)

Prometido para fevereiro, o transporte marítimo de passageiros entre São José e Florianópolis continua sem data para sair do papel. Além de licenciamentos, há uma polêmica sobre o ponto de embarque e desembarque na parte continental.

A prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, defende que a travessia marítima em direção à Ilha parta da Beira-Mar da cidade, e não da Ponta de Baixo, como prevê o projeto anunciado no final do ano passado. Em entrevista à CBN Diário, durante a cobertura do Carnaval na noite de sábado, Adeliana reclamou da falta de diálogo:
— Como se discute transporte marítimo, mas não senta com a prefeita da cidade que precisa, por exemplo, autorizar o uso do trapiche?
Trapiche

Adeliana diz que, se partir da Ponta de Baixo, o transporte pode ser inviável. Mas questiona quem irá arcar com a construção de um trapiche na Beira-Mar, onde há estacionamento e maior densidade demográfica.

— Tem de construir um trapiche. Todo mundo quer explorar, mas ninguém quer fazer um investimento, querem que a prefeitura o faça. Não é assim que vai acontecer. Eu ouço pela imprensa que vai ser na Ponta de Baixo. Na Ponta de Baixo não tem lugar para estacionar. Precisa sair da Beira-Mar de São José. Já falei isso muitas vezes aos interessados. Tem bolsão de estacionamento gratuito.
Palavra do Deter

Procurado pela CBN ontem, o presidente do Departamento de Transportes e Terminais (Deter), Fulvio Rosar Neto, disse que “já ocorreram diversas reuniões envolvendo os prefeitos”, mas não citou nenhuma data em que os encontros teriam acontecido. Ele afirmou que a utilização do trapiche da Ponta de Baixo seria “um primeiro ponto” e que “podem existir outros” no futuro.

Questionado sobre o prazo para o início das operações desse sistema de transporte em Florianópolis, ele disse que “não há previsão”, pois ainda há licenças pendentes. Ou seja, continuamos de costas para o mar.