Crime ambiental, imóveis despejam esgoto no rio, no bairro Saco Grande

Crime ambiental, imóveis despejam esgoto no rio, no bairro Saco Grande

Em mais uma blitz de fiscalização contra ligações clandestinas de esgoto na manhã desta quarta-feira, dia 20, a Prefeitura de Florianópolis e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) identificaram dois imóveis na Servidão Beira Rio que estavam lançando efluentes direto no Rio Pau do Barco, no bairro Saco Grande.

Os corantes despejados nos vasos sanitários e em outras contribuições das duas residências (pias, ralos) resultaram em uma mancha nas águas do riacho, que corre em direção ao mangue que integra a Estação Ecológica de Carijós – ICMBio.

Pelo crime ambiental comprovado, ambos proprietários foram multados pela Floram, de acordo com o Decreto Nº 6.514/2008, que prevê multa entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões.

Aos fiscais, os moradores alegaram que não sabiam que estavam irregulares e disseram que vivem ali há mais de 25 anos.

“São dois casos emblemáticos que demonstram a importância de ações de conscientização e fiscalização em relação às boas práticas para a destinação dos efluentes. Esperamos que sirva de exemplo para quem costuma puxar a descarga sem saber o mal que está causando ao restante da sociedade“, disse o coordenador da força-tarefa, engenheiro Igor Puff Floriano.

Atendendo a uma solicitação do Ministério Público Federal, a ação contou com fiscais da Vigilância em Saúde, Floram, além de equipes de apoio do Floripa Se Liga Na Rede e Casan.

Blitz retorna à Cachoeira do Bom Jesus e Ponta das Canas
Na terça-feira, dia 19, a Blitz Se Liga Na Rede retornou à região da Lagoa das Docas, compreendida pela Cachoeira do Bom Jesus e Ponta das Canas, no Norte da Ilha. O objetivo foi conferir se os imóveis fiscalizados em novembro de 2018 haviam atendido às solicitações dos órgãos sanitário e ambiental, cessando os danos ao meio ambiente e à saúde pública.

Dos 12 imóveis visitados, em quatro o proprietário não foi localizado e apenas dois se regularizaram corretamente. O restante, ou não corrigiu as inadequações ou realizaram obras que não resolveram completamente o problema constatado na fiscalização anterior.

“É como dizem, o barato costuma sair caro. Em pelo menos três situações verificamos que os responsáveis recorreram a profissionais sem o devido conhecimento para realizar as obras de regularização. Ou seja, retrabalho“, observou Floriano.

Dois moradores foram multados pela Vigilância em Saúde em R$ 500,00 e um terceiro proprietário recebeu a infração no valor de R$ 1.500,00. Os demais, que apresentaram problemas mais leves, como caixa de gordura enterrada, receberam intimação com novo prazo.

(Riozinho, 20/02/2019)