02 jun Disque-Guarda Municipal
Lembre-se deste número quando tiver problemas no trânsito
O número 153 ainda é pouco conhecido em Florianópolis, mas já presta um importante serviço aos moradores, principalmente quando o assunto é trânsito. O Disque-Guarda Municipal funciona 24h e pode ser acionado em diversas situações, como acidentes, furtos e estacionamento em local proibido que esteja obstruindo o tráfego. O serviço atende atualmente cerca de 80 ligações por dia.
A despachante da Central 153, Micheli Barbosa, explica que entre as ocorrências mais comuns estão estacionamento em local proibido, em frente a garagens e em cima de calçadas. Mas outros problemas também são relatados, como furto de veículo, acidentes, estacionamento irregular em vaga de deficiente e escolar e casos de carros suspeitos. A Guarda tem poder de guinchar e autuar. Ela explica que há algumas semanas, foi firmado um contrato com uma empresa de guinchos. “Muitas pessoas ligam para a Polícia Militar no 190 relatando problemas no trânsito e hoje são orientadas a ligar para a Guarda”, comenta Micheli.
Algumas ligações relatam inconvenientes com flanelinhas. Micheli explica que esses casos são de difícil solução. “Como a rua é pública, não podemos impedi-los de ficar nela e só podemos prendê-lo em caso de flagrante de extorsão, o que é difícil acontecer, pois eles saem do local quando um guarda chega”, justifica. E orienta os motoristas a registrarem Boletim de Ocorrência (BO).
No Itacorubi, um dos bairros que mais crescem em Florianópolis, moradores reclamam da ausência de fiscalização. Com o aumento vertiginoso da população local, já está faltando espaço para circular na principal rua do bairro, a Rodovia Amaro Antônio Vieira (paralela à Admar Gonzaga), asfaltada na Operação Tapete Preto, há cerca de dois anos. Num flagrante desrespeito ao Código de Trânsito, veículos ocupam diariamente as calçadas dos dois lados ou ficam estacionados em cima das pistas de rolamento, em curvas fechadas e subidas, criando riscos de acidentes. Moradores de um condomínio do bairro afirmam que ligaram para a Guarda em diversas oportunidades, mas a atendente respondeu que não poderia mandar viatura alegando o fato de a via, mesmo com a crescente ocupação urbana, não ter sido municipalizada, continuando a ser registrada como uma “rodovia”.
Micheli explica que o serviço atende apenas ocorrências em vias de jurisdição municipal. Rafael Ademir Luiza, chefe de operações da Guarda, explica que no caso das rodovias deve-se acionar a Polícia Rodoviária Estadual (198) e Federal (191).
O serviço ainda não abrange toda a cidade. Rafael explica que a ampliação do serviço só poderá acontecer com um reforço no atual contingente de guardas. Os bairros hoje atendidos pelo 153 são: Continente, Centro, Trindade, Carvoeira, Pantanal, Saco dos Limões, Córrego Grande, Santa Mônica e Parque São Jorge. Atualmente, são 150 guardas, sendo que 113 vão para as ruas, divididos em três turnos.
O 153 também pode ser acionado em caso de flagrante de depredação do patrimônio público municipal e em ocorrências em parques e praças, cuja fiscalização é uma das atribuições da Guarda.
O ideal é que as pessoas liguem na hora em que o problema está acontecendo. Michele explica que desta forma a chance de resolver o problema é maior. Outras recomendações são: antes de ligar, buscar se localizar, sabendo em que rua está. Micheli explica que esta informação, aliada a um ponto de referência, facilita o atendimento e diminui o tempo de chegada do guarda no local. Além disso, ela sugere que os moradores memorizem os principais números de emergência, incluindo o 153, ou anotem em um lugar que esteja sempre à mão. O Imagem da Ilha sugeriu que o número do serviço presente nas viaturas da Guarda ganhasse mais visibilidade, fazendo com que as pessoas criem familiaridade com o número. O chefe de operações Rafael considerou a sugestão válida e informou que irá levá-la ao comando da Guarda.
O 153 é apenas para denúncias ou problemas. Em caso de sugestões ou reclamações, a recomendação é deixar o recado na Ouvidoria do site da Guarda: www.gmf.sc.gov.br.
Como funciona a Central
São 10 guardas trabalhando na Central do 153, divididos em três turnos. O serviço possui apenas uma linha, que segundo Micheli é suficiente para a atual demanda. “Cada atendimento dura cerca de 30 segundos, no máximo um minuto”, afirma. Cada ligação gera um boletim de ocorrência. Micheli explica que imediatamente é acionado um guarda que esteja próximo ao local relatado. “Às vezes ele demora um pouco mais para chegar, mas geralmente é rápido, questão de poucos minutos”, garante. A Central fica em Coqueiros, na sede da Guarda, numa sala ao lado da Central de Monitoramento, que acompanha as câmeras de vigilância instaladas em vários pontos da cidade. As duas centrais trabalham em conjunto, uma auxiliando o trabalho da outra.
(Andréa Fischer, Jornal Imagem da Ilha, 02/06/2009)