Os terminais desativados estavam totalmente no contrafluxo da mobilidade urbana

Os terminais desativados estavam totalmente no contrafluxo da mobilidade urbana

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 22/01/2019)

Em conversa com a coluna, o secretário da Mobilidade Urbana de Florianópolis, Marcelo Roberto da Silva, diz que as tarifas cobradas do usuário do transporte coletivo estão de acordo com as planilhas apresentadas pelo Consórcio Fênix.

Um dos motivos para a criação da CPI é tornar os dados mais transparentes. O que pode surgir?
Quando assumimos, em 2017, pegamos um contrato em andamento, que estamos cumprindo e que foi auditado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e prevê uma fórmula de cálculo com previsão de reajuste e revisão a cada 12 meses. A CPI que estava sendo proposta era muito mais política, por isso o prefeito Gean Loureiro entendeu, junto com o vereador Renato Geske (que protocolou o pedido da CPI), que deveria pegar desde a implantação do sistema integrado, em 2002, e também que tivéssemos uma real situação da má utilização dos terminais. O terminal do Saco dos Limões nunca foi utilizado e os dois terminais do Continente teriam um custo hoje em torno de R$ 10 milhões. Eles estavam totalmente no contrafluxo da mobilidade urbana. Isso representou um impacto financeiro ao longo desses anos. Então é extremamente importante que não ficasse uma CPI só dessa gestão.

A tarifa praticada atualmente é condizente com a planilha de custos do Consórcio Fênix?
Sim, a metodologia de cálculo é aprovada pelo próprio TCE. Existem vários métodos de cálculo tarifário. O que é utilizado atualmente é o de fluxo de caixa, onde há uma previsão contratual de 12 meses, com fluxo de caixa e investimentos projetados – não só em frota, mas também na melhoria da segurança do usuário, qualificação dos serviços etc.