15 jan Embarcações irregulares de turismo extrapolam limite de visitantes na Ilha do Campeche
Repleta de belezas naturais, a Ilha do Campeche continua atraindo turistas e moradores de Florianópolis verão após verão. Um problema constante, no entanto, é a dificuldade para que o limite de ocupantes do espaço seja respeitado e para que o transporte dessas pessoas seja feito de acordo com a lei. O número máximo de visitantes permitido por dia é 800, e atualmente quatro associações e 29 barcos fazem o trajeto, levando 20 pessoas de cada vez. A visitação tem início no dia 15 de dezembro e vai até 31 de abril.
Dono de uma das embarcações que leva pessoas à ilha, o pescador Aldori Aldo de Souza é nativo da praia da Armação, no Sul da Ilha. É através da pesca e do turismo que ele garante a renda da família. Segundo ele, a prática vem dos antepassados e já é tradição.
“Desde garoto eu já frequento a Ilha do Campeche pescando. E a pesca tá cada vez pior, mais reduzida. Tem mais burocracia para o pescador viver disso, então a maioria migrou para investir no turismo”, explicou. “Todas as famílias que trabalham aqui já estão há muito tempo. Hoje dois filhos meus trabalham aqui, um no trapiche e outro no meu barco”, disse Aldori. Assim como o pescador, aproximadamente 70 famílias dependem do turismo nesta época do ano.
Considerada um dos pontos turísticos mais visitados do litoral catarinense, a ilha é tombada pelo patrimônio nacional. O local é gerido pelo Instituto da Ilha do Campeche, criado há mais de 20 anos e responsável pela preservação e exploração ordenada da região. O órgão responde ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e ao Ministério Público Federal, e é regido por um termo de conduta que determina o número de visitantes e embarcações.
“Todas as embarcações, tanto signatárias quanto as irregulares ou não-signatárias desse termo de visitação pública, são contadas diariamente pela equipe de visitação”, explica Andrelara Schimit, presidente do instituto. “E a partir disso, [esse controle] é encaminhado aos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização do patrimônio nacional”, completou.
(Confira Matéria completa em ND, 14/01/2019)