Quem toma as decisões no trânsito de Florianópolis?

Quem toma as decisões no trânsito de Florianópolis?

Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 22/10/2018)

Afinal, quem tem o controle sobre o planejamento e a execução das medidas de melhoria no trânsito em Florianópolis? O episódio da Avenida Madre Benvenuta colocou em xeque a posição da prefeitura nesse quesito. A diretoria de operações havia estabelecido entre 20 e 30 dias para uma avaliação dos pontos de retorno fechados. Não durou nem 10. Um grupo de moradores da região do Bairro Santa Mônica pressionou e conseguiu a reabertura sem qualquer estudo técnico. A decisão de voltar atrás foi tomada pela simples pressão.

Próximas

A forma com que a prefeitura lidou com a situação abre um precedente perigoso para futuras intervenções no trânsito da cidade. Os moradores da Santa Mônica mostraram que basta pressionar para conseguir o que se quer. É louvável a diretriz do prefeito Gean Loureiro (MDB) para que todas as decisões sejam tomadas depois que a comunidade envolvida seja ouvida. Mas e as questões técnicas? Onde estão os números que mostram os resultados dos retornos fechados? Sem dúvida, se eles mostrarem que é melhor deixar os pontos abertos, o restante da população entenderá. Mas, sem qualquer análise aprofundada, fica difícil acreditar.

A decisão

O diretor de operações, Fabrício Justino, diz que foram três encontros com a associação de moradores para discutir o assunto. Agora, segundo ele, vai ser formada uma comissão para acompanhar futuras alterações na região. E ainda salientou que “as medidas foram pensadas para melhorar a mobilidade do transporte coletivo e veículos leves também da bacia do Itacorubi”. Ou seja: um grupo menor de moradores venceu o bem comum.