02 out Entidades catarinenses vão criar conselho de infraestrutura
Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 02/10/2018)
Cansadas de esperar investimentos públicos na melhoria da infraestrutura do Estado e ver que quase nada acontece por falta de recursos, entidades que integram o Conselho das Federações Empresariais de SC (Cofem) decidiram criar este mês o Conselho de Infraestrutura. Sob a coordenação da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) a nova entidade será integrada também pelas federações do Comércio (Fecomércio), Agricultura (Faesc), Associações Empresariais (Facisc), Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Empresas de Transportes (Fetrancesc) e das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc). Além dessas, outras entidades do Estado serão convidadas a integrar esse grupo que tem como objetivo contribuir para aprimorar o transporte no Estado.
Quem estará à frente desse trabalho é o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, que nos últimos anos tem acompanhado de perto todos os desafios desse setor ao presidir a Câmara de Logística da federação, que fez uma série de estudos na área. O foco é a união visando soluções eficientes, o mais rápido possível. A iniciativa conjunta é semelhante ao Movimento Santa Catarina pela Educação, que começou numa iniciativa da Fiesc em 2012, tendo à frente o então presidente da entidade Glauco José Côrte, que lançou A Indústria pela Educação. Outras entidades e instituições aderiram.
O martelo para a criação da nova entidade foi batido em reunião do Cofem nesta segunda-feira, na Fiesc, na qual participaram os presidentes das entidades (a partir da esquerda) Alcides Andrade (Fampesc), Ari Rabaiolli (Fetrancesc), Bruno Breithaupt (Fecomércio), Mario Aguiar (Fiesc), Jonny Zulauf (Facisc) e José Zeferino Pedrozo (Faesc).
Aguiar ressaltou que um dos problemas dessa falta de obras é o custo logístico, um dos mais caros do mundo. Pesquisa da federação apurou que o custo logístico de empresas de SC é de R$ 0,14 por real faturado enquanto a média nacional é R$ 0,11 e nos EUA é R$ 0,085.
– Temos apenas uma rodovia federal duplicada (a BR-101) que ainda precisa ser concluída – disse o industrial, lembrando a falta do túnel no Morro dos Cavalos.
Breuthaupt e Zulauf afirmaram que empresários vinculados às entidades que representam também consideram a infraestrutura prioridade.