25 set Rede Somar Floripa vai cadastrar voluntários para Jardim Botânico
O voluntariado no Jardim Botânico de Florianópolis por meio da rede solidária Somar Floripa foi lançado neste domingo, durante as celebrações de aniversário do espaço. O anúncio foi feito pela gerente de Gestão Ambiental da Comcap, Daiana Bastezini, e pela coordenadora geral da rede de voluntários da Prefeitura de Florianópolis, Rose Antunes.
“Ser voluntário é doar um pouco do seu tempo, que seja pela experiência, por história de vida ou simplesmente por amor. A gente precisa muita ajuda dos voluntários para que esse espaço e infraestrutura possa ser ainda melhor aproveitado”, indicou Rose Antunes. Segundo ela, a ajuda dos voluntários por meio da Somar Floripa ocorre tanto em entidades e organizações sociais cadastradas quanto nos serviços da prefeitura, de educação, saúde, assistência social, educação ambiental e agora será estendida e formalizada a demanda do Jardim Botânico.
O primeiro cadastramento e capacitação de voluntários, informou Daiana Bastezini, se dará em 13 de outubro, sábado, quando acontece mais uma sessão do grupo liderado pelo ambientalista, cultivador e professor de plantas medicinais, aromáticas e alimentícias não convencionais (pancs) Alésio dos Passos Santos. O professor foi apresentado como o primeiro voluntário do Jardim Botânico de Florianópolis. Ele mantém encontros e trocas regulares de saber desde o início do parque.
“A cidade é melhor quanto mais áreas humanizadas tiver e, nesse sentido, Florianópolis hoje é uma das melhores do mundo. Temos esse Jardim Botânico, o parque de Coqueiros, vários outros espaços”, elogiou Alésio. Ele destacou o empenho da Prefeitura de Florianópolis, por meio da Comcap, na manutenção e ampliação do espaço no Itacorubi. “Somos sempre muito bem recebidos aqui pela Comcap, essa autarquia que conta com a confiança de todos nós.”
De acordo com Rose Antunes, há muitos voluntários já cadastrados na plataforma da rede Somar Floripa querendo ajudar no Jardim Botânico de Florianópolis. Pessoas com qualificação e outras que querem contribuir na plantação, nas atividades de lazer. “Fazemos a conexão entre quem quer ajudar e aqueles que precisam de ajuda, de voluntariado”, explicou.
Plantio da primeira coleção
A fotógrafa Rosângela Reitz foi uma das pessoas que organizou o plantio da primeira coleção de árvores do Jardim Botânico de Florianópolis. Cotizando pessoas, o grupo Amigos do Jardim Botânico conseguiu 33 espécimes de ipês. As begoniáceas são árvores de uso medicinal e muito floridas.
“Plantei meu primeiro ipê e é roxo, cor linda”, festejou Rô. Sua atuação no Jardim Botânico tem sido de alguma forma inspirada pelo resgate da história de seu tio, padre Raulino Reitz. Botânico e cientista catarinense conhecido mundialmente, Reitz foi diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, implantou a Fatma e descobriu centenas de espécies.
Seus estudos nas décadas 60 e 70 serviram para mapear as futuras unidades de conservação do Estado. “Por conta dos estudos do padre Raulino Reitz, a flora catarinense é uma das mais conhecidas e estudadas do Brasil. Se olhar a paisagem sempre há a mão dele, a começar pela maior unidade de conservação que é o Parque da Serra do Tabuleiro”, comentou Aliskarla Moreira de Sá, geógrafa, voluntária do Jardim Botânico e apaixonada pelo legado do padre Raulino Reitz.
(PMF, 24/09/2018)