20 maio Transporte urbano: Mobilização rende lucro a donos de vans
Ontem pela manhã, nos minutos que antecederam à greve, o clima era de incerteza. Antes de entrar nos terminais de integração da Capital, usuários do transporte público foram se certificar de que a paralisação iria mesmo ocorrer.
Uma destas pessoas era a telefonista Juliana Donici. Moradora da Armação do Pântano do Sul, no Sul da Ilha, chegou ao Terminal de Integração do Rio Tavares (Tirio) pouco antes das 9h30min. Ficou na parte de fora do Tirio até ter a informação de que ainda haveria ônibus para o Centro da cidade, onde estuda e trabalha.
– Se eu passar e não tiver transporte, perco a passagem. Mas já que vai ter, vou entrar – disse, pouco antes de saber que o ônibus não iria parar exatamente no Terminal do Centro, mas sim no meio do caminho.
Indignada com a confusão de informações, Juliana teve que recorrer a carona.
– Esse vai ser o jeito porque se eu não for trabalhar, além de ter meu salário descontado, perco a assiduidade de R$ 50. Um prejuízo de quase R$ 80.
Outros recorreram a vans e micro-ônibus escolares e de turismo, que, junto com os táxis, faturaram com a paralisação dos ônibus. Comum todo ano em dia de greve do transporte coletivo, o serviço alternativo mais uma vez socorreu os passageiros que esperavam em pontos ou nos terminais. As linhas mais frequentes foram Norte da Ilha-Centro nos dois sentidos.
O presidente da Cooperativa de Transporte Escolar de Florianópolis, Humberto Ouriques Neto, disse que o movimento das vans e micro-ônibus ficou abaixo do registrado nas paralisações anteriores em razão dos usuários terem sido avisados com antecedência.
(DC, 20/05/2009)