07 ago Casa de Câmara e Cadeia pode virar presente de Natal para comunidade
Restaurada com objetivo de ser um marco na museologia de Santa Catarina, a Casa de Câmara e Cadeia pode ser o presente de Natal da Prefeitura de Florianópolis para a comunidade. Essa é a intenção do prefeito Gean Loureiro (MDB), após marcar para o dia 27 de agosto a entrega do prédio histórico totalmente restaurado que sediará o Museu da Cidade.
A restauração está em fase final e até a nova data de entrega prevista serão 13 dias de trabalhos. De acordo com o secretário de Esporte, Cultura e Lazer da Capital, Márcio Alves, as atividades estarão concentradas na finalização da área externa, das calçadas e do prédio anexo, que contará com banheiros e estrutura de acessibilidade, uma exigência atual dos prédios públicos.
Indagado sobre a possibilidade do novo prazo de entrega não ser cumprido, Alves justifica: “Trabalhamos com esse prazo porque o compromisso da empresa responsável é de entrega nessa data”. Apesar da proximidade, o secretário acredita que o prazo será cumprido. “O elevador já está no local, mas é preciso instalar e regular. O anexo é uma estrutura feita em aço e vidro [tipo blindex], então falta colocar os vidros e instalar o piso dos banheiros, que serão cinco, pois o restauro obedece ao projeto original e, naquela época (1780), não havia banheiros no prédio”, relata.
Alves destaca também que todas as autorizações e licenças necessárias para o funcionamento do museu, que são de responsabilidade da prefeitura, estão em andamento e não deverão atrasar a abertura ao público após o trabalho de museologia que será feito pelo Sesc (Serviço Social do Comércio). “Trabalhamos com a grande expectativa de abrir o Museu da Cidade antes do Natal para ser o grande presente para a cidade“, estima.
Processo de restauro
As obras de restauração da Casa de Câmara e Cadeia começaram em setembro de 2014, com previsão inicial de entrega para março de 2016. Desde então, a data de entrega foi remarcada por quatro vezes. O processo de restauro sofreu com inúmeros problemas, como escavações arqueológicas, falta de recursos e pagamentos para a empresa responsável até ser paralisado no segundo semestre de 2016 e retomado em junho de 2017. Com o abandono, a obra chegou a ser invadida por vândalos e moradores de rua, que roubaram a fiação elétrica.
“Quando assumimos a prefeitura, tivemos que chamar a empresa para negociar e mobilizar novamente os trabalhadores”, lembra o secretário Márcio Alves. Desde então, uma comissão com representação da sociedade civil, como Iphan, Ipuf e Secretaria de Cultura, para acompanhar os trabalhos de perto. “Não é algo que acontece longe dos nossos olhos. Queremos que seja um museu de primeiro mundo”, define. As obras consumiram cerca de R$ 7,5 milhões, dos quais R$ 4,6 milhões são recursos federais e R$ 2,9 milhões da prefeitura.
(Confira matéria completa em ND, 07/08/2018)