Procuradoria da Câmara da Capital vê falhas no projeto que regulamenta aplicativos de transporte

Procuradoria da Câmara da Capital vê falhas no projeto que regulamenta aplicativos de transporte

Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 03/08/2018)

A procuradoria jurídica da Câmara de Vereadores de Florianópolis apontou falhas no projeto de lei complementar enviado pela prefeitura para a regulamentação dos aplicativos de transporte na cidade. Dois pareceres assinados por procuradores diferentes motivaram o presidente da Casa, Roberto Katumi (PSD), decidir pela devolução da proposta ao Executivo para que sejam feitas as alterações necessárias.

Em um dos documentos, o procurador-geral da Câmara, Bruno Basso, diz que há “inúmeras correções a serem feitas”. O primeiro dos pontos citado por Basso é a fixação do Imposto Sobre Serviços (ISS). Segundo ele, apesar da lei federal sancionada em março ter exigido a cobrança dos tributos municipais para este tipo de caso, em nenhum momento ela estabeleceu o limite quantitativo do tributo.

Outro destaque dado pelo procurador foi a tarifa definida pela prefeitura, que segundo ele não teve um parâmetro “razoável e objetivo”. Além disso, as regras impostas aos motoristas em relação aos veículos usados por eles para o serviço, segundo Basso, ferem o princípio da isonomia por se diferenciarem das normas usadas para os taxistas da cidade.

Para finalizar, o parecer questiona a criação, imposta pelo projeto, de um Fundo Municipal de Mobilidade (Funmob). Para o procurador, essa ideia trata-se de “matéria totalmente estranha” ao objetivo da proposta original, que é a regulamentação dos aplicativos.