Projeto ensina a criar abelhas em área de mangue em Florianópolis

Projeto ensina a criar abelhas em área de mangue em Florianópolis

Um projeto em Florianópolis ensina a criação de abelhas em área de mangue. Na iniciativa, três alunos da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) dão orientações de apicultura para um professor aposentado morador do bairro Tapera, no Sul da Ilha. A dedicação durante o inverno é para conseguir mel e própolis na primavera.

A cada quinzena, os estudantes de administração Bruna Silveira, João Pedro Stakonski e Lucas Kozuki vão a casa de Luiz Carlos Pereira para ajudá-lo a aprender apicultura. A parceria entre eles requer segurança, por isso, eles se equipam com roupas especiais. Feito isso, seguem pela estrada de chão até o lugar do cultivo.

Projeto
O projeto nasceu a partir do Enactus, uma organização mundial. Dentro dessa ideia, o Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) mantém o programa Arapuã.

“A gente promove aqui para o seu Luiz e para outras famílias treinamentos de apicultura para que eles sejam capacitados para poderem praticar o manejo da apicultura aqui no mangue da Tapera. O objetivo é poder ensinar para eles como manejar as abelhas”, afirmou Stakonski.

A iniciativa começou em 2016, inspirada num projeto que ocorre em Alagoas, onde os chamados pescadores de mel extraem a própolis vermelha. Essa substância tem propriedades especiais e é muito cobiçada pela indústria farmacêutica .

Já em Florianópolis, todo o suporte, estrutura de cultivo das abelhas e acompanhamento são garantidos até que o mel e o própolis possam ser extraídos. Tudo supervisionado por um professor.

“A gente provém suporte junto com o doutor James Arruda Salomé com os cursos de apicultura para o seu Luiz e também todo o tipo de suporte na parte que ele precisar na compra de insumos. Também na parte de gestão a gente consegue axiliá-lo”, afirmou Kozuki.

Esperança para a primavera
No período de inverno são feitos o tratamento e a manutenção dos apiários para que, na primavera, Luiz consiga extrair mel e ganhar um dinheiro extra.

“Renda é sempre bom vir, é sempre bem-vinda. A gente aqui está aprendendo por enquanto, temos algumas esperanças. Vamos aguardar esta primavera, que acredito que vai ser forte. E se a gente não conseguir o própolis vermelho, pelo menos o mel a gente vai conseguir”, afirmou o Luiz Carlos Pereira.

(G1SC, 02/08/2018)