02 maio Na Capital, face mais visível da crise está no comércio central
Da Coluna de Carlos Damião (ND, 30/04/2018)
Uma das faces mais visíveis da crise econômica que afeta o Brasil desde 2016 pode ser conferida nas ruas centrais de Florianópolis, com muitas lojas de equeno e médio porte fechando as portas e as maiores enfrentando dificuldades para atrair a clientela. Há promoções por toda parte, do vestuário a eletrodomésticos e móveis. A esperança de recuperação parcial do movimento está no Dia das Mães (13 de maio), uma das datas mais importantes para o comércio de modo geral.
Paradoxalmente, uma região da cidade que havia perdido sua força comercial desde a desativação do Terminal Cidade de Florianópolis, há 14 anos, a área Leste da Praça 15 de Novembro começa a readquirir importância, graças a pequenos negócios que são abertos em galerias que interligam ruas tradicionais, como Antônio Luz e João Pinto. Uma dessas galerias ocupa quase todo o espaço da antiga Loja A Barateira, que quebrou em 2005, logo após a inauguração do Ticen (Terminal Integrado do Centro ). Nessas galerias estão instaladas, por exemplo, lojinhas que foram despejadas do Camelódromo Centro Sul, demolido por determinação da Justiça Federal em 2016. Vendem e consertam celulares, também comercializam roupas, brinquedos e pequenos eletroeletrônicos, sempre por preços acessíveis.
Não é possível dizer que as ruas João Pinto, Antônio Luz, Saldanha Marinho e Tiradentes recuperaram inteiramente o esplendor econômico que tinham até o início da década passada. Mas os pequenos negócios são sinais positivos em meio a um panorama geral que, no Centro Histórico, reflete a condição geral da economia quase paralisada.