25 abr Demora do contorno viário da Grande Florianópolis gera descrença e revolta
Da coluna de Cacau Menezes (NSC, 25/04/2018)
É inadmissível que governo e parlamentares permaneçam de braços cruzados diante de um fato revoltante: as obras do contorno viário da Grande Florianópolis, que irá desafogar a BR-101 nas áreas urbanas entre Biguaçu e Palhoça, só ficarão prontas em 2020. E já se passaram 10 anos de omissão do poder público, a começar pela prefeitura de Palhoça, que autorizou a construção de conjuntos residenciais no traçado da rodovia. Agora, faltam indenizações e tudo se empurra com a barriga; danem-se os que precisam diariamente cortar a 101.
Os parlamentares federais não se mobilizam e ao governo do Estado cabe a simplória desculpa de que essa é uma obra federal. Então que se transforme de vez Santa Catarina numa capitania hereditária e entregue a gestão ao poder de Brasília.
É oportuno lembrar que em 1989, a duplicação da BR-101 engatinhava na burocracia da Brasília. Nesse período, nosso Estado foi sacudido por um desastre em Tijucas, onde morreram 18 religiosos.
O DC também largou um editorial na capa com o título: Basta! A partir daí, foram colhidas mais de 1,3 milhão de assinaturas em um abaixo-assinado entregue ao então presidente Fernando Henrique Cardoso pedindo a duplicação, que rapidamente saiu do papel.
Quem sabe a sociedade se mobiliza novamente com mais um abaixo-assinado pela conclusão rápida do contorno da Grande Florianópolis.