10 nov Shopping abre, mesmo após embargo por decisão judicial
Apesar do embargo anunciado na quarta-feira, no qual o juiz Gerson Cherem II concedeu liminar em ação civil pública promovida pela União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco) ao Floripa Shopping, a inauguração foi realizada ontem pela manhã.
Ontem, nota do Tribunal de Justiça destacou que o desembargador Eládio Torret Rocha negou pedido de suspensão da liminar formulado pela prefeitura de Florianópolis e manteve a decisão da Fazenda Pública da Capital, que proibiu o início das atividades do Floripa Shopping. Também ontem, a prefeitura da Capital entrou com um agravo de instrumento para garantir a viabilidade do habite-se. O empresário Carlos Amashta, um dos empreendedores, disse que o shopping recebeu a notificação de que precisaria adequar algumas partes, como o sistema de esgoto, porém, ainda tem 15 dias para fazer as mudanças.
– Vamos arrumar o que foi pedido pela prefeitura antes do prazo determinado – afirmou.
Ainda de acordo com o texto sobre o embargo, em caso de descumprimento da ordem judicial, os responsáveis pelo estabelecimento, a Empresa Incorporadora de Shopping Center Florianópolis, estarão sujeitos a multa diária de R$ 300 mil. O mandado de citação e intimação, que foi expedido na tarde de terça-feira, suspende o habite-se, a Licença Ambiental de Operação (LAO) e a entrada em operação do novo shopping.
O evento, que começou ontem pontualmente às 10h, teve apresentação da Orquestra Sinfônica de Florianópolis e champanhe para o público. Os proprietários do empreendimento calculam que 60 mil pessoas visitaram o shopping.
Artistas de circo circularam pelo local em pernas de pau e bicicletas de uma roda só para atrair a atenção das crianças. A decoração natalina, na qual foram investidos cerca de R$ 300 mil, foi inaugurada com a chegada do Papai-Noel.
Orquestra sinfônica deu tom no espetáculo
A dona de casa Júlia Vieira foi com as amigas à solenidade de abertura e, antes mesmo das 10h, já guardava um local confortável para assistir a Orquestra Sinfônica.
– Moro no Monte Verde, ao lado do shopping, e sempre que passava por aqui ficava ansiosa para saber quando iria abrir – diz Júlia.
Apesar da instalação oficial ao público, algumas lojas instaladas no local não conseguiram terminar as obras para a inauguração.
(Graziele Dal-Bó, DC, 10/11/2006)