03 jan Estado busca âncoras para o Sapiens Parque
O projeto que pretende aglutinar diversos setores de tecnologia e desenvolvimento de projetos para buscar a inovação e a melhoria da qualidade da população com foco na ciência, batizado de Sapiens Parque, impressionou representantes da Cisco System, durante encontro com a comitiva catarinense, na região da baía de São Francisco, na Califórnia.
Com um faturamento anual de US$ 23 bilhões de dólares e dona de 80% do mercado de roteadores do mundo é difícil imaginar melhor parceiro que a Cisco nesta empreitada científica. Mas o momento ainda é de cautela, apesar do gerente de Negócios Estratégicos, o engenheiro brasileiro radicado nos Estados Unidos, Dario Loriato, ter ficado entusiasmado com que Santa Catarina quer fazer.
– Precisamos tirar o Brasil da cultura econômica do agrícola e do manufaturado e começarmos a criar “cérebros” – afirmou, pouco depois de pedir aos idealizadores do Sapiens Parque que elencassem três fatores que eles poderiam dar como argumento à gigante da informática para se instalar efetivamente no dentro do projeto, mesmo reiterando que não partiria dele a decisão intermediária sobre qualquer tipo de adesão ao Sapiens Parque.
Marca da excelência tecnológica do Estado
Quando o assunto é tecnologia Santa Catarina impressiona pela capacidade de criar. O setor já é a principal atividade de Florianópolis, superando o turismo, revelou o prefeito Dário Berger. E fica mais importante no contexto por não se tratar de um setor com grandes empresas, mas sim de portes pequeno e médio.
Avalie agora, todo este potencial em uma área comum, otimizando recursos e com infra-estrutura adequada dentro da proposta do projeto em Canasvieiras.
– O Sapiens Parque é uma referência aglutinadora – definiu o governador Luiz Henrique (PMDB), pouco depois de aberto o encontro com representantes da Cisco, em San Jose, na Califórnia.
A estrutura será edificada em Canasvieiras, Norte da Ilha de Santa Catarina, e pretende gerar 30 mil empregos em 15 anos. Mas nada poderá ser tão bem-sucedido se não contar com a parceria de grandes empresas do setor tecnológico, os verdadeiros âncoras que acabam atraindo novos parceiros e principalmente investidores.
Roberto Azevedo – DC, 01/12/2005