Como o programa Sinapse projeta a inovação de Santa Catarina

Como o programa Sinapse projeta a inovação de Santa Catarina

Da Coluna de Estela Benetti (DC, 16/10/2017)

Referência nacional e internacional no fomento à geração de empresas inovadoras, o programa Sinapse da Inovação, desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado (Fapesc) em parceria com a Fundação Certi, contará com a sexta edição, que será lançada quarta-feira com investimento de R$ 10 milhões. Criado para fomentar novas empresas de tecnologia, o programa gerou até agora 6.600 ideias, impulsionou a abertura de 385 empresas das quais 83% estão operando. Elas geraram 765 produtos ou soluções de serviços que fornecem ao mercado brasileiro e também exportam para 36 países de todos os continentes.

Apesar da crise, o governador Raimundo Colombo decidiu manter o programa diante da importância da inovação para a economia do Estado dar saltos maiores em crescimento e geração de renda. Será feita a seleção de projetos e, no começo do ano que vem serão librados R$ 10 milhões. A maior parte disso, R$ 60 mil para cada um dos 100 projetos vencedores, será paga pelo governo de SC via Fapesc. O CNPq fornecerá bolsa de um ano a um técnico graduado de cada empresa no valor de R$ 3,5 mil mensais. No total, cada uma ganhará R$ 100 mil.

Segundo o presidente da Fapesc, Sergio Gargioni, este é o mais eficaz modelo para incentivar a inovação no país. Deu certo e se tornou o carro-chefe da inovação do Estado. Por isso foi exportado para o Amazonas e Espírito Santo. O governo federal, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia, estuda adotar em nível nacional.

— Das soluções criadas, 93% foram utilizadas por empresas tradicionais. Aliás, aqui no Estado temos um parque industrial que necessita de tecnologias de ponta e isso ajuda no sucesso dessas novas empresas inovadoras — explica Gargioni.

Entre as empresas que tiveram apoio do Sinapse estão a Welle Laser e a Horus Aeronaves. Na última edição, projetos de 21 municípios foram contemplados e 50% foram apresentados por estudantes de mestrado ou doutorado. A Fapesc apresenta o projeto em várias regiões para atrair mais a atenção. As inscrições para a próxima edição vão até o final deste mês.

Uma novidade este ano é um interesse maior para projetos de inovação ao meio rural. Isto em função da parceria que o governo do Estado, via Secretaria de Agricultura, firmou com o Banco Mundial (Bird) com esse objetivo, dentro do programa Nita.