“É um clamor geral da cidade”, diz vereadora sobre proibição de fogos de artifício

“É um clamor geral da cidade”, diz vereadora sobre proibição de fogos de artifício

Da Coluna de Fabio Gadotti (Notícias do Dia, 12/09/2017)

Entrevista/Maria da Graça Dutra, vereadora em Florianópolis

Autora do projeto de lei que proíbe os fogos de artifício na Capital, em tramitação da Comissão de Constituição e Justiça, afirma que a atividade prejudica diversos segmentos da população, como idosos e autistas, além de animais domésticos e silvestres. E rebate o argumento de que o projeto teria impacto negativo no turismo de Florianópolis.

Quais os benefícios do projeto para a cidade de Florianópolis?
Prejuízo econômico, como apregoam, não vai ter. O segmento não é importante economicamente para o município, mas a atividade prejudica muitas pessoas, como idosos, autistas e quem tem sensibilidade auditiva, além dos animais domésticos e silvestres. Sem falar no meio ambiente como um todo. Não queremos ser como o Rio. Queremos encontrar a nossa vocação turística, um bom turismo preservacionista. Não sou ecochata, mas é uma questão de bom senso.

A proibição não vai afetar a tradicional festa do Ano-novo?
Os grupos que têm interesse econômico no Réveillon não representam os que têm interesse na cidade. Estamos fazendo pesquisa e percebendo que a maioria da população é a favor. É um clamor geral da cidade. Quem contesta o projeto é uma determinada frente parlementar, porta-voz de um grupo econômico de interesses limitados. As pessoas não vêm a Florianópolis por causa de 15 minutos de fogos. E também estamos sugerindo a troca por fogos de menor estampido, bem menos barulhentos, de até 60 decibéis. Quero ver minha cidade na ponta, inovando, criando leis modernas.

Tem chances de ser aprovado?
Vai ser aprovado. Um segmento não vai poder impor uma prática que a cidade não quer mais.