13 set Taxistas protestam contra transporte privado e projeto sobre o serviço segue para a Câmara
Dezenas de taxistas de pelo menos 15 cidades catarinenses realizaram nesta terça-feira (12) uma carreata até a Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina) e o Centro Administrativo do governo do Estado, ambos em Florianópolis, em protesto aos serviços de transporte privado de passageiros não regulamentados (Uber e outros aplicativos). A categoria quer a efetiva aplicação do Código de Trânsito Brasileiro, que prevê multa e retenção do veículo das pessoas que fazem o transporte remunerado sem licença. A rua Álvaro Milen da Silveira, no Centro, ficou congestionada e bloqueada por dez minutos. Paralelo à manifestação, a Secretaria da Casa Civil de Florianópolis informou que o projeto regulamentando o transporte privado de passageiros foi encaminhado à Câmara.
O presidente do Sinditáxi (Sindicato dos Taxistas de Florianópolis e Região), Irandi de Oliveira, entregou os ofícios para deputados, ao governador Raimundo Colombo (PSD) e ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Henrique Hemm. “Queremos apenas que a legislação seja cumprida. O código é claro ao afirmar que todo veículo de transporte de passageiros precisa ser licenciado. Os taxistas querem que a PM cumpra a lei e retire de circulação quem não é regulamentado”, disse. O presidente da Comissão de Transportes da Alesc, deputado João Amin (PP), informou que pode ampliar o debate solicitando audiências públicas, mas que não há projetos nesta área na assembleia.
O documento é assinado por Sinditáxi, Sintregf (Sindicato das Transportadoras Turísticas da Grande Florianópolis) e pela Coomitra (Cooperativa Mista de Transportadores de Turismo de Florianópolis). Segundo os organizadores, mais de 200 táxis estavam nos protestos. De acordo com o tenente da PM Julio Cesar Poletti, eram 150 veículos.
Para o taxista Alexandre dos Santos, a concorrência com quem não paga imposto é desleal. “É fácil cobrar mais barato sem pagar com as obrigações fiscais. Não queremos facilidades e defendemos a equiparação dos deveres. Nossa categoria está à beira de um colapso financeiro e psicológico”, afirmou.
(Leia Matéria na íntegra em Notícias do Dia, 12/09/2017)