31 ago Seminário debate novas formas de gestão pública para Florianópolis
A abertura de novos canais de comunicação com os dirigentes públicos municipais é um dos principais avanços para a construção de uma Florianópolis ainda melhor. Essa foi a principal avaliação da presidente da Associação FloripAmanhã, Anita Pires, sobre o Seminário Gestão Pública e Governança Contemporânea, realizado nesta quarta-feira (30/08) no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
O evento contou com a participação de diversos representantes da prefeitura o que, segundo Anita, foi um dos grandes avanços no sentido de modernizar a gestão pública. “A possibilidade de estarmos discutindo esse assunto com a presença do dirigente público é um grande importante marco. Trata-se de uma possibilidade de abrir novos canais de comunicação”, afirmou.
Anita ainda comentou que seria necessária a união das três esferas de poder para um debate amplo sobre a gestão na administração pública – e consequente melhoria de desempenho. Todos os 23 vereadores que integram a Câmara Municipal foram convidados. Entretanto, nenhum deles compareceu ou enviou representantes. “Como mudar sem que tenhamos a presença dos três poderes?”, questionou Pires. “Esse é o grande desafio que temos: trabalhar com o que é hiperlocal. Na internet, no tablet ou celular, temos informações e forte conteúdo a respeito de vários lugares do mundo. Mas e sobre nossa rua e nosso bairro? A rua, a cidade, aqui está a nossa primeira pátria”.
Durante sua explanação, a professora Taísa Dias, do Centro Socio Economico da UFSC, traçou um paralelo entre a evolução da sociedade brasileira e os modelos de gestão praticados em cada uma das etapas de nossa história. Ela ainda destacou que, ao contrário de modelos anteriores que buscavam ganhos políticos, a administração pública na sociedade no século 21 busca coalizões de organizações públicos, privadas e da sociedade civil para satisfazer necessidades “mutuamente acordadas”.
Mesa de Debates
Uma mesa de debates ainda encerrou a discussão sobre o tema. Ela foi formada por Marcus Rocha (PMF), Lindomar Bison (CDL Florianopolis) além da arquiteta e urbanista Silvia Ribeiro Lenzi (Movimento Traços Urbanos) e Jaime Luiz Ziliotto (ACIF).
A segunda etapa contou com um debate sobre as formas que a sociedade civil pode contribuir na evolução da gestão pública. A mesa foi coordenada por Anita Pites, presidente da Associação FloripAmanhã e Presidente da Rede de Monitoramento Cidadão de Florianópolis e contou com a participação de Cibele Assmann Lorenzi (PMF), Roberto Bertolin (grupo RIC) e Clarissa Stefani Teixeira (UFSC).
“A Rede de Monitoramento Cidadão tem indicadores muito completos e é formada por sociedade civil, setor produtivo e academia para ajudar a monitorar todo o processo. É uma forma de buscarmos uma Florianópolis sustentável”, completou Anta Pires.“Avalio que é um momento muito rico, mas precisamos continuar a abrir canais para resgatar coisas que infelizmente Florianópolis está perdendo”
Ao final ainda foram definidos encaminhamentos que devem ser avaliados pelos grupos de trabalho da FloripAmanhã.
Sobre o Seminário
O seminário contou com o apoio da CDL, Prefeitura de Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, UDESC/ESAG, Rede de Monitoramento Cidadão, Movimento Traços Urbanos e do Grupo de Trabalho de Gestão Pública da FloripAmanhã.