01 ago O que aponta o Índice de Desenvolvimento Sustentável dos Municípios Catarinenses
Da Coluna de Fábio Gadotti (Notícias do Dia, 30/07/2017)
A Fecam (Federação Catarinense dos Municípios) deve iniciar em breve trabalho reverso para levar aos municípios catarinenses os apontamentos do IDMS (Índice de Desenvolvimento Sustentável dos Municípios). O Sistema monitora os indicadores nas dimensões Social, Cultural, Ambiental, Econômica e Político-institucional. Assim como o IDH, a base de cálculo varia entre zero e um, sendo o mais próximo de um como valor máximo de qualidade.
No geral, cidades como Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau e Joaçaba têm indicadores acima de 0,750 (Médio Alto). São João do Sul, Lebon Régis e Calmon, por exemplo, apresentam menor índice de desenvolvimento, abaixo de 0,499. Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça têm desempenho médio, com IDMS entre 0,625 e 0,749. No quesito finanças públicas, por exemplo, Urupema está com 1 (Alto), enquanto Florianópolis tem indicador 0,515 (Médio Baixo). Já em gestão pública, Sombrio tem o pior indicador 0,498 (Baixo) enquanto Palhoça figura com 0,859 (Médio Alto).
Os indicadores da Fecam sobre Florianópolis mostram avanços em algumas áreas, mas retrocessos em outras e a cidade é classificada como com desenvolvimento médio (IDMS 0,717). Os melhores indicadores são nas áreas de Saúde e Educação. A qualidade de ensino, por exemplo, está na casa média alta, já a política institucional oscila entre baixo e médio baixo. Na economia, a Capital retraiu 1,79% frente aos indicadores de 2014, ou seja, houve diminuição no processo de desenvolvimento sustentável. O ICMS per capta teve pequena queda e está em R$ 281,14, já o ISS subiu, passando de R$ 395 em 2012 para R$ 500. Já saúde financeira da cidade caiu quase pela metade entre 2012 e 2016. No mesmo período, os investimentos públicos sobre a receita corrente líquida despencaram de 12% para 7,8%.